Capítulo IV

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" O coração tem razões que a própria razão desconhece."(anônimo).

- Oi, turma! Boa tarde!

- Oi, professora.- em coro.

Apesar, daquela noite péssima, tinha que seguir a vida, o mundo continua girando, sem parar. Ninguém vai ligar para os problemas tão mais quanto você mesmo. Como já disse Nietzsche: " Não há valor, mensurável, do que pertencer a si mesmo."

- Prof., fiz pra ti.- com um rosto angelical.

- Obrigada, querido!.- aquilo mudou meu dia.

Meus olhos ficaram encharcados, pois lembrou muitas coisas, da minha irmã.

- Não chora, Charlie.- abraçando-me, por 20 segundos, após vieram mais alguns alunos.

- Vou contar uma estória, A Branca de Neve, alguns com certeza já, mas prestem atenção mesmo assim. Ok?

Todos prestaram muitissíma atenção e algum aluno perguntou.

- Por que o príncipe não acordou ela primeiro , para depois beijá-la? , Por que todos terminam felizes para sempre?.

É impressionante o fato das crianças, fazerem perguntas profundas, fiquei sem respostas.

- Por quê?... Porque sim, são contos de fadas.

Durante a tarde toda questionei, quanto tempo equivale , " felizes para sempre?", uns meses talvez, ou segundos, pois o tempo é relativo e não temos nenhum controle sobre ele.

- Vamos arrumar as mochilas, está quase na hora.

Até que bateu para irem embora, não queria, sentia um vazio existencial, o da ausência, aliás, é uma das piores, no entanto, a solidão tem o poder de revelar a grandeza do ser, ainda tenho esperança.

Para sempre, CharlieOnde histórias criam vida. Descubra agora