capítulo III

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Capítulo III

" Tarde demais a conheci, por fim, cedo demais, sem conhecê-la amei-a profundamente."

Wiliam Shakespeare

- O que tu acha sobre isso?.- meu amigo comentava alguma coisa comigo.

- Sobre o quê?.- acordando pro mundo real.

- De novo Fernando, é aquela enfermeira né não?.- dando tapinhas em mim.

- Não, de jeito nenhum!- rindo.

- Safado, já tem outra né.- deduziu rápido demais.

- Não a chame de outra, ela é única.- suspirando.

- Eita!, está encoleirado, a moça não caiu no seu papo.- adivinhando mais uma vez.

- Andava me seguindo é?, mudando de assunto e seus gêmeos?- cansei daquela conversa.

- Mês que vem, até dia 30 , mal posso esperar.- esfregando as mãos.

- Nunca me contou como se conheceram, estamos no intervalo, pode aproveitar e contar.

- Passou a gostar de história de amor desde quando, só pode estar doente, o Don Juan, está apaixonado é?- medindo minha temperatura com as mãos.- Claro !

- Imagine uma praia e uma sereia antissocial.- mirando o nada.- Não é para rir.

Já estava rindo hahaha.

- Ficava vendo ela de longe e não dava muita conversa pra mim, tampouco atenção, acho que foi num domingo um garoto de mais ou menos 18 anos, este, vendia picolé, ofereci dinheiro, se acaso, aceitasse de mentira, assaltá-la.

- E você seria o herói dela , quem diria um ser frio, ainda tem sentimentos.- brincando, dando altas gargalhadas.

- Trabalhou no circo, parceiro?- sério- Permita-me continuar, porém, não sabia que ela fazia capoeira, espancou o homem hahaha. Tive de intervir, o coitado saiu correndo, entreguei-lhe o celular. - deu um sorriso bobo.- E assim começamos a sair.

- Tive pena do guri, pagou bem, pelo menos?.- minha barriga doía de tanto que ri.

- Óbvio, Cris, é uma deusa de tão linda.- olhou as horas- Vou trabalhar agora, até.

Voltando para casa, a busquei pelas esquinas, foi automático, incrível, a escolhi, sempre soube disso.

Para sempre, CharlieOnde histórias criam vida. Descubra agora