— Eu preciso falar com você.
Era George quem estava em minha frente e penso que se eu ainda estivesse em meu apartamento, nem ao menos estaria ouvindo sua voz irritante neste exato momento, mas por pura estupidez minha e minha falta de capacidade de me manter dentro de casa, o lugar que me lembrava várias e várias vezes de quem estava faltando para alegrar os meus dias — uma semana longe dela —, e resolvi vir para empresa, outro lugar que ela estava em todos os cantos, mas aqui, minhas lembranças eram menos sexuais.
— Não estou com cabeça para ouvir a voz de um cara mimado feito você. - Passo a mão em meu rosto, nervoso e ele não revira os olhos como eu esperava que fizesse, apenas me olha de relance.
Parecia estar com medo de me encarar e eu não sabia o motivo disso e estava com medo de descobrir. Talvez ele havia escutado alguma conversa atravessada de alguém sobre Cassidy e veio me dar a notícia como o bom irmão que não era e nunca séria.
— É sobre Cassidy. - Meus olhos sobem até os deles e agora ele tem toda a minha atenção.
— O que tem para dizer sobre ela. - Fungo, tentando não me abalar por qualquer comentário que fosse sair de sua boca.
— Eu sei onde ela está. - Falou baixo, mas eu compreendi muito bem e não gostei nada, por isso me levanto.
— Como assim? Sabe onde ela está? - Ele cruza os braços quando eu me aproximo despretensioso.
— Eu sei onde ela está, sei quem a levou até lá e não acho que vá acreditar em mim se eu disser, então apenas vamos até onde ela está. - O analiso. Eu não poderia confiar em alguém como ele.
Nunca nos demos bem. Porque ele iria querer me ajudar nessa altura do jogo?
— Quem a pegou foi López Florenzi. Não preciso de sua ajuda. - Ergo uma das mãos, colocando em frente ao seu rosto e ele respira pesado contra ela.
— Não foi só ele. Já disse, se eu contar, não vai acreditar em mim.
— Não acreditaria em você, nem que viesse com provas plausíveis, George. - Digo, mas Engulo em seco. Era uma mentira.
Eu estava desesperado, pularia em uma ponte se me dissessem que Cassidy estaria amarrada no fundo daquelas águas que as barras de ferro grossas, cortam. Uma coisa Idiota em ir junto com ele a qualquer lugar que fosse? Sim. Mas George acima de tudo era meu irmão e, eu acho, que considerava sua cunhada uma boa pessoa.
— Vou chamar a polícia. - Revira os olhos tão azuis quanto os meus, como se eu fosse algum idiota.
— Acha mesmo que vamos enfrentar o bandido mais perigoso do México apenas carregando nossa beleza?
— Você seria destruído no primeiro momento se fosse depender da sua. - Balbucio, discando o número da polícia.
E foi assim que fomos parar em frente a um galpão abandonado, a várias milhas para fora de Nova York.
A essa altura, haviam vários carros de polícia fechando as duas entradas do lugar. A promessa era que o agiota mais procurado do México estaria ali dentro, é claro que não viria apenas um carro de polícia com dois policiais dentro e George e eu atrás, feito dois patetas. Eles estavam armados até os dentes. Algo que eu via apenas em filmes.
— O senhor tem certeza de que Lopez Florenzi está aqui dentro? - O policial, pergunta pela milésima vez ao meu irmão e o mesmo anui.
— Se meus contatos estiverem sendo sinceros, sim. - Respondeu e eu olhei para ele, tentando adivinhar quem esses contatos poderiam ser.
Eu já havia dado a primeira quantia de dinheiro que Lopez Florenzi havia pedido e agora estava com a outra metade, caso algo desse errado e eu precisasse fazer uma troca justa pela Cass.
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Como Ser Uma Boa Secretária [Nao Atualizada - 2020]
RomanceSe você recebesse uma proposta que pudesse mudar sua vida, mas que te fizesse casar com seu chefe idiota e egocêntrico, você aceitaria? Cassidy se vê entre a linha ténue de se livrar de todas as suas dividas aceitando a proposta do seu chefe metido...