Capítulo 3 ✓

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— Sério que tínhamos que vir a casa da sua mãe? Justo hoje?          

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— Sério que tínhamos que vir a casa da sua mãe? Justo hoje?          

Perguntei, irritada por sentir meus saltos brancos afundando na grama bem aparada que rodeava toda aquela casa e ajeitei pela milésima vez o enorme chapéu ridículo, que fui obrigada a colocar pelo meu chefe.

— Não estou feliz por ter sua companhia em um sábado, não se engane. - Murmurou e abri mais os olhos por breves segundos, encarando alguns pássaros que bicavam o chão. — Lembra das regras certo? Nada de falar sobre o acordo, sem falar coisas idiotas ou o tamanho do meu pênis. - Faço uma careta, abrindo minimamente a boca.

Ele realmente se achava muito.

— Por que eu falaria sobre algo tão pequeno? - O provoquei, balançando a cabeça com desdém e abri meus braços ao lado do corpo.

— Mães adoram falar sobre isso. - Murmura e solto um riso anasalado, concordando.

Me ofereceu o braço e mesmo sem querer aquele tipo de contato com ele, estava no contrato, por isso enrosquei o meu braço ao dele. Casais felizes, ou que fingem ser em frente a uma sociedade idiota, andam de braços dados e um belo sorriso no rosto, ou quase isso, como estou demonstrando.

— Queridos!

Não consigo evitar a bela arqueada de sobrancelhas, ao ouvir a voz calma da senhora Howard, que quando nos vê chegando no quintal, abre seus braços compridos e vem logo nos apertando com eles.

Antes mesmo de aceitar a proposta de senhor Collin, já tinha um sentimento bom sobre senhora Samantha. As vezes ela aparecia no escritório com uma cesta com doces para o filho e eles passavam horas conversando e esses eram os momentos em que ele mais se parecia calmo e acolhedor. Até mesmo, um pouco carinhoso.

— Estou tão feliz que tenha vindo! - Segurou meu rosto por alguns segundos, antes de olhar para o filho ao meu lado. — Thomy, pensei que nunca iria nos apresentar uma namorada e olha só! Temos uma noiva! - Sorrio ao ouvir o apelido da mãe e olho para meu chefe que tem a mandíbula marcada. — Nunca iria imaginar, que seria você, Cassidy.

— Nem eu. - Murmurei, sorrindo amarelo.

A exultação da senhora de cabelos alourados, que batiam na altura dos ombros, era realmente palpável. Faltava ascender fogos de artifício, o que não duvidaria que fizesse e por mais que tudo fosse uma grande mentira e que daqui a um ano eu estaria chutando a cara de Collin e dando graças que aquela porcaria havia chegado ao fim, ter uma sogra temporária que estava feliz por mim, estar noiva de seu filho, era algo bom.

Meu sonho sempre foi viver em paz com a mãe do meu marido, se algum dia eu me casasse, — normalmente casamentos acabam por conta das sogras, bem, era o que papai dizia — e por mais que tudo fosse uma mera ilusão, estava acontecendo. Eu tinha a bênção da minha sogra.

— Você é a nora que pedi aos céus!

Agarrou meu rosto com as mãos, me dando um beijo calmo na bochecha e limpou a mancha rosada que ali ficara, antes de se afastar de nós dois, indo em direção ao marido, sorridente, encarando a situação de longe, segurando uma taça de bebida na mão. Não o encarei muito, sempre fora tão quieto nas poucas vezes que visitou o filho no trabalho, mal olhava pra mim ou sorria, ao menos dizia obrigado nas vezes em que levava um café ou um chá e biscoitos para os dois no escritório, esse seu jeito apenas me dava a razão de que Collin tinha a quem puxar e não estava errada, depois de ter ouvido sobre o termo para continuar como o diretor. 

Como Ser Uma Boa Secretária [Nao Atualizada - 2020]Onde histórias criam vida. Descubra agora