Capítulo 33 ✓

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Aquele velho barrigudo estava em minha frente mais uma vez. Aquele desgraçado!

Caminha em minha direção, como se Jenni não estivesse em minha frente e se abaixa mais um pouco para ficar da mesma altura que eu, abrindo um sorriso grande, como se estivesse satisfeito ao me ver ali, amarrada e sofrendo.

- É tão bonitinha. - Passa a mão em meu rosto lentamente, mas eu o viro, não querendo ser tocada por ele, que parece não gostar. - Collin tem sorte por poder foder com você todos os dias. - Murmura contra meu rosto. - Você seria melhor comigo. Iria te satisfazer melhor que ele.

- Eu nunca aceitaria transar com você seu velho imundo. - Digo entre dentes e ele me olha com raiva, levanta a mão e a desce em meu rosto com força, fazendo meu pescoço estralar com o tapa forte e que deveria agora estar marcado, pela pele ser bem branca.

- Antes de te matar, assim como fiz com o idiota do seu pai, poderia te comer inteirinha, não acha? - Passa a mão em minhas pernas e não posso fecha-las, apenas aperto os meus olhos com força, tentando não sentir suas mãos ali. O que era impossível. Mas os abro assim que processo o que tinha acabado de me dizer. - É meu bem. Sabe aquele agiota, o... Como é mesmo o nome dele? - Estrala os dedos em frente ao meu rosto, fingindo se recordar do nome dos agiotas que eu devia. - López Florenzi, no? O agiota mais peligroso do Mejico? Soy yo. Sorpresa? - Não lhe respondo, por isso recebo outra tapa no rosto, agora ele se afasta.

Olho para Jenni, que via toda a cena em silêncio.

- Nos ajude. - Sussurro a ela, mas Villard, ou melhor Florenzi, se vira para mim com um sorriso no rosto.

- Não adianta pedir pra que ela te ajude. Jennifer, não passa de minha cúmplice. - Olho para Jennifer, que naquele momento não estava mais com aquela cara de débil e para ao lado de Florenzi, também sorrindo. - Tudo já estava sendo bolado por nós alguns dias querida. Quer que ela te conte como? - Nego, olhando para meus próprios pés, mas os dois riem, como se eu houvesse contado a melhor piada de todos os tempos.

- Bem, foi assim. - Arrasta uma cadeira para se sentar ao meu lado e eu viro meu rosto, para o lado oposto do seu, mas sou agarrada pelos cabelos, pelas mãos de Florenzi, me obrigando a olhar para a mulher ao meu lado. - Antes de se casar com Thomas, fiz meu dever de casa, garota. - Sorri, como se fossemos amigas. - Acabei descobrindo que seu pai for morto por um agiota muito conhecido no México. Florenzi. Digamos que pesquisei por fotos e mais fotos e a única que encontrei, escondida a sete chaves. - Mostra o número sete com as mãos. - Foi uma em que o senhor Villard, aparecia como parente desse tal de López Florenzi. Não demorei muito e descobri que na verdade, Villard é que era o tal de Florenzi. Não é o máximo? - Questiona a mim.

- Muito. - Respondo com ironia e ela assente feliz.

- Fizemos um acordo, sabe? Eu e ele. Disse que se ele te raptasse, conseguiria muto mais dinheiro do que os sei lá quando você estava devendo pra ele, já que os Howard, pagariam uma nota preta pela preferida da família. - Diz a última parte entredentes, mostrando estar com raiva.

- E qual é o plano de vocês? Pedir resgate e fugir do país? - Faço uma pergunta irônica e fico na espera de outro tapa na cara, mas o que vejo é ela rindo.

- Pedir resgate. - Inclina o rosto para o lado, arqueando uma das sobrancelhas apenas, de um jeito diabólico. - E matar você. Ou acha que vai continuar viva, sabendo que eu é quem bolei o plano? Não sou idiota.

- E o que você ganha com isso, hein? - Pergunto e ela agarra meu queixo com força, respirando contra meu rosto. - George não se importa comigo, ele gosta mesmo é de você. Por que está fazendo isso? - Pergunto outra vez e ela cospe em meu rosto.

Como Ser Uma Boa Secretária [Nao Atualizada - 2020]Onde histórias criam vida. Descubra agora