Bônus do Epilogo ✓

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Bem, você deve estar se lembrando que alguém, no passado, disse que nunca escreveria nada mais aqui, nesse caderno, como papai diz, um diário para garotinhas de nove anos.
Bem, eu tenho dez anos e digamos que mamãe já tenha me passafo esse, como ela não gosta que papai e eu te chame, diário, pra que eu possa escrever em você e fico feliz. Realmente feliz, que ela tenha deixado as coisas que um dia escreveu a onze anos atrás.
Ela tirou algumas folhas, não sei bem quais, escutei papai sussurrando algo em seu ouvido, sobre sexo explícito. Algo assim, mas realmente não sei sobre o que é.

Mi nombre es Melinda Moore Darren Howard, como se diz filha mesmo em espanhol? A sim! Hija de Thomas Collin, um CEO, bem sucedido que quando mamãe, conheceu o meu velho, um jeito que ele não gosta de ser chamado pela mamãe, algo estranho já que algum dia vamos todos ficar Antiguos, papai era um tremendo idiota, como Cassidy gosta de se referir a Thomy. Acho que ando convivendo muito com tio Fred. E mamãe, a secretária do papai. Não tenho muito o que falar dela, apenas que ela o odiava, Con toda la fuerza, o fato de ter que trabalhar todos os dias feito uma condenada, sem nenhum agradecimento do patrão. Até que eles se apaixonaram. Bem. Papai já era apaixonado, mas mamãe precisava descobrir isso ainda. E meio que foi obrigada pelo meu pai a descobrir.

Estamos no México, confesso que gosto daqui, é um lugar calmo, pelo menos aqui na cidade onde minha mãe nasceu e vejo meu irmão gêmeo, correndo com algum garoto que acabou de conhecer.

Era o dia Del Muertos, o meu feriado favorito já eu podia comer doces de açúcar, me vestir de caveira e ir visitar os vovós, algo que mamãe dizia ser importante e se era importante para ela, era para mim também.

Me aproximou dela, dentro da casa que havia herdado dos pais, estava arrumando o altar, uma foto do vovô Darren, vovó Fridah, Bisabuela, Lacerda e por último, o primeiro filho da mamãe, o que ela perdeu a onze anos, por culpa de, não sei quem, ela não quis me contar. Ela sempre chora quando olha para aqueles borrões branco e verde escuro e nunca entendi o motivo, ainda mais quando ela chama aquele negócio de pequenino ou pequenina e seus olhos mais uma vez se enchiam de lágrima, como agora.

— O que está fazendo? - Foi papai quem perguntou pra mim e eu abri um sorriso. — Está tão bonita banguelinha. - Põe o dedo em meu queixo, tentando ver minhas janelinhas mas escondo.

— Estou escrevendo. - Nessa hora eu mostrei você a ele, e o homem em minha frente abriu mais um sorriso, daqueles que faziam mamãe suspirar sempre. Também não entendo o motivo, acho que era por ser dentes bem brancos. Mulheres gostam disso, foi papai que me falou.

— Agora sim. - Beija minha cabeça antes de se levantar do sofá e ir abraçar mamãe pelas costas. — Está influenciando nossa ratinha. - Murmura. — Ela é chata como você.

— Não chame sua filha de chata. Ela parece com você. - Escuto ela dizendo e logo uma discussão começa de quem eu puxei de verdade, mas nenhum dos dois entram em consenso.

— Acho que me pareço mais com o papai. - Digo cansada de ouvir suas vozes e eles me olham atenta. — Sou bonita como ele, tenho cabelos bonitos como os dele e meu sorriso é perfeito. - Sorrio e mamãe me olha perplexa, até papai e eu darmos risada de sua cara.

— Te carrego por sete meses, pra ouvir isso?

— Sou maravilhosa. - Ela revira os olhos.

— Claro que é.

— Não gostei do tom irônico, não, meu bem. - Digo sorrindo e ela sai da sala me deixando sozinha com papai que se aproxima de mim, depois de sondar se ela já estava na cozinha e me passou uma nota de dez dólares.

— Isso aí, está fazendo seu trabalho de ser convencida como eu, muito bem. - Viro os olho e o encaro de braços cruzados.

— Sou bonita como a mamãe, você é só minha máquina de fazer dinheiro. - Deixo papai para trás e saio triunfante do sofá, mas sou impedida de sair da sala por suas mãos que fazem cócegas idiotas pelo meu corpo pequeno de mais para conseguir se livrar delas. — Valentim! - Chamo meu irmão rindo e logo sua cabeça aparece porta adentro, que quando vê a cena, vem correndo nos separar, mas papai consegue fazer cócegas em nós dois.

Eu gostava da minha vida, ainda mais saber que eu era fruto de um dos clichês que as pessoas mais gostam e sentia orgulho por ter pais como os meus, doidinhos, mas que se amavam de verdade.

mamá y papá, algún día seré como tú. É uma promessa que faço a mim e a todos os meus antepassados.

Certo. Agora é hora de me despedir. Não sei quando vou tornar a escrever por aqui. Pode ser breve ou daqui a bons anos, mas não importa. Não vou me esquecer de você.

Com amor: Mel Moore Howard.

Como Ser Uma Boa Secretária [Nao Atualizada - 2020]Onde histórias criam vida. Descubra agora