Capítulo 39 ✓

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— você é maluca? - Foi o que meio mundo me perguntou assim que me pegaram no corredor e Frédéric fez questão de me lembrar.

Me perguntaram o que deu em minha cabeça de ir até lá e nem ao menos coloquei o nome de Violet no meio, não queria que ela perdesse o emprego e ver seu rosto agradecido quando ele entrou em quarto na manhã daquele mesmo dia, com.um olhar agradecido foi bom. Fiquei feliz.

Mas por conta do que eu havia feito, meu médico, senhor Norman, não iria me levar para ver Collin, assim que eu tivesse alta e ele estivesse de plantão.

— Toda ação, tem sua reação, senhor. Terceira lei de Newton. - Foi o que eu disse em resposta.

E por incrível que pareça, não fiquei triste por não ver de Collin. Ok. Não tão triste. Já que num piscar de olhos duas semanas haviam se passado desde que eu tinha acordado dos meus três dias de descanso e tentado subornar a segurança do hospital, como me acusaram de ter feito. Pra não chamar de outra coisa.

Já estava melhor, conseguindo andar mais rápido, quase como o normal quando eu estava usando saltos altíssimos e precisava correr pra cima e para baixo trabalhando para Collin, que ainda estava do mesmo jeito. Desacordado.

O dia tão esperado de minha alta havia chegado e eu estava ansiosa para chegar em casa, ou melhor, no apartamento de Fred o lugar onde eu deveria ficar por alguns dias até estar realmente bem, como meu médico pediu. E eu não via a hora de tomar um banho decente e tirar as roupas que cheiravam a hospital. Desinfetante e álcool. Terrível.

Fred estava ao meu lado, já estávamos fora do hospital grande onde Collin também estava passando uns dias. E meu melhor amigo carregava minha pequena bolsa com roupas que eu nem ao menos usei nos dias em que fiquei internada.

Entro em seu carro e logo estamos saindo do estacionamento do lugar, me deixando com um aperto no peito, mas eu não queria preocupar a Frederic.

— Enquanto estiver em casa, não quero que faça esforço algum. - Começou a falar o que já tinha me dito várias e várias vezes em um curto período de tempo em que eu estava trocando de roupa dentro do meu quarto e o caminho percorrido por nós, nos corredores do hospital particular. — Nada de fazer comida. De limpar a casa. De organizar as canetas da sala por cor.

— Sim, mamãe. - Murmuro mas ele não parece me ouvir.

— Quando for tomar banho, não me importo de te ajudar. - Concordo lentamente. — Se quiser comer alguma coisa gostosa ligue para que entreguem e pode usar meu cartão de crédito. Se quiser passear, eu ou Pietro vamos juntos. Estamos prontos para cuidar de você, ouviu bem?

— Sim, mamãe. - Repito um pouco mais alto e ele sorri.

— Estou feliz que esteja bem. - Segura minha mão fria de mais e eu encaro nossos dedos agarrados ao outro.

— Eu também. - Balbucio e ele volta a colocar as duas mãos no volante.

Tudo iria ficar bem, era o que eu realmente deveria me apegar e não ao fato de Collin ainda não ter acordado, mesmo depois de já terem tirado o Midazolam, o remédio que o dopava e o deixava desacordado e que continuava fazendo seu efeito.

Chegamos na casa de Frederic e ele logo me leva para um dos quartos de hóspedes do apartamento médio que tinha comprado há um ano. Eu já conhecia o lugar mas ele fez questão de me mostrar o banheiro, dito para que eu não trancasse a porta quando fosse usá-lo e não lavar o cabelo pelo menos por alguns dias, pra não gastar muito das forças que eu estava recuperando e não me importei de ouvir aquelas recomendações várias e incansáveis vezes, até a chegada do jantar, quando estávamos todos na mesa, eu comendo salada, com um pedaço pequeno de pizza, tudo o que eu poderia comer e eles no segundo pedaço, quase terceiro, algo injusto. E Fred não conseguia parar de me recomendar coisas a todo momento.

Como Ser Uma Boa Secretária [Nao Atualizada - 2020]Onde histórias criam vida. Descubra agora