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Ethan.
Chegamos em meu apartamento e a Karen o admira como se fosse a primeira vez que estivesse aqui.
- Por quê é quase todo preto?- pergunta observando.
- Não te passa um sensação de calma?
- Não muito, mas eu gostei.
- Quer beber alguma coisa? - pergunto indo no bar.
- Quero um copo de whisky. - ela diz do meu lado.
Pego o copo e sirvo o whisky tanto para mim quanto para ela.
- Obrigada. - diz se sentando num grande sofá que havia ali. - Você bebe com frequência?
- Não, só quando necessário ou quando sinto vontade.
- Eu quase nunca bebo.
- Por quê?
- Esqueceu da última vez que me deixou no hotel? Eu estava muito bêbada. - ela lembra rindo.
- Mas isso não é motivo para não beber. É só beber uma pequena quantidade e não afogar o corpo em cachaça.
- O que tem na sua cozinha? - ela diz entrando lá. - Adivinha? Mais preto. - ela ri. - Ethan, vem me ajudar a fazer alguma coisa para gente comer. - me grita.
- Sabe que eu não sei muito de cozinha né?
- O Gabriel disse que você sabe sim, então vai me ajudar.
- Gabriel se diz observador, mas é um baita de um fofoqueiro. - lavo os ingredientes que ela iria usar.
- Corta esses quatro, por favor. - ela me entrega quatro cogumelos.
- O que vai fazer com isso? - pergunto sem entender.
- Um macarrão ao molho branco.
- Olha ela... se ficar bom e não tacar fogo na minha casa, eu elogio.
- Está duvidando da minha habilidade de cozinhar?
- Jamais!- levanto as mãos em sinal de rendição.
Lavei os ingredientes e os cortei, enquanto a Karen preparava o macarrão.
- Aí merda!- Karen grita apertando o dedo.
- O que houve? - pergunto preocupado.
- Eu me cortei, Ethan. Olha isso. - ela mostra o dedo cortado.
O corte estava feio, bem profundo.
- Calma que eu já venho.- corro até o lavabo e pego a caixa de primeiros socorros. - Senta aqui. - coloco ela sentada na parte da ilha da cozinha. - Vou jogar um álcool, então não grita. - peço.
- Impossível!- ela diz travando os dentes.
- Calma, Karen. Já tô terminando. - tento acalmá-la.
- Ethan, tá doendo muito. - vejo lágrimas em seus olhos.
Desesperado por tentar acalmar ela, eu acabo dando um selinho na mesma.
- Vai ficar tudo bem.- seguro sua cabeça para ela me olhar. - Pega sua bolsa que nós vamos para o hospital. - desço ela da ilha da cozinha e desligo o fogo.
Pronto, primeira noite da Karen na Holanda e nós já vamos parar no hospital. Que sorte, hein...
Descemos até o estacionamento, eu a coloco dentro do carro e entro também.
Karen estava mais nervosa do que o normal e não sei porque, mas isso me preocupava.
Chego o mais rápido possível no hospital e entro pela área de emergência. Automaticamente, uma enfermeira a leva para ser socorrida.
-Sr. é área de emergência, não pode passar daqui. - a enfermeira me impede de passar da linha amarela.
Vou para sala de espera e fico lá por horas e nenhum médico ou enfermeira aparece para me dar notícias da ruivinha.
Não sei se o caso dela é preocupante, mas sempre que se vai ao hospital por algo, pode ter certeza que vem pedrada nas notícias.
- familiares da Karen Müller. - uma médica diz e eu vou até ela. - Muito prazer, Sr?
- Magalhães. - digo. - O que houve com ela?
- A Karen teve um corte profundo por conta de uma faca que usava, mas não foi grave. Porém, como ela estava muito nervosa, tivemos que Cedar a mesma e agora ela está em um quarto.
- Posso ver a ruivi.. Karen?
- Pode sim, venha. - ela me deixa na frente de uma porta branca que havia o nome da Karen.
" Karen Hoffmann Müller "
Entro no quarto e encontro a ruivinha dormindo cheia de acessos no braço. É uma sensação estranha vê-la assim, sabe? Parece que foi minha culpa.
- Vai ficar me observando aí como um psicopata?- ouço sua voz rouca.
- Não podia fazer barulho para não acordar a Ariel. - brinco.
- Quando vou poder sair daqui? - ela diz se sentando melhor na cama.
- Eu ainda não sei. A médica não disse. Mas, posso te fazer uma pergunta? - ela assente.- Você ficou mais apavorada com o sangue ou com o corte?
- Com o sangue, óbvio! O corte não estava doendo tanto, mas eu tenho pavor de sangue.
- Está explicado o motivo de você ter surtado dentro do carro e a médica ter que te cedar.
- é por isso que estou me sentindo lerda? - assinto.
- Boa noite, Karen!- a mesma médica que falou comigo entra na sala.
- Boa noite!- A Karen responde.
- Vou fazer um último exame e você poderá ir embora.- diz checando a agulha.
O exame foi bem rápido e não demorou muito para estarmos dentro do meu apartamento novamente.
- Fica sentada aí que eu vou preparar alguma coisa para você comer.- falo deixando ela sentada no sofá da varanda.
- Eu não estou incapacitada, Ethan.
- Mas da última vez, quase amputou o dedo. - falo indo para a cozinha.
Termino de preparar o macarrão que havíamos começado a fazer e entrego a ela.
- Isso aqui tá muito bom! - diz com a boca cheia. - Desculpa.
Enquanto ela come, vou até o quarto de hóspedes e ajeito a cama para ela dormir. Vou no meu closet também, pego uma camisa social preta e uma cueca nova minha para ela usar, já que não trouxe nenhuma peça de roupa.
Escuto a campainha tocar e vou direto atender a mesma, me surpreendendo com quem estava do outro lado da porta.
- Alice? - questiono vendo a minha ex namorada do outro lado.
- Posso entrar, amor?- ela diz em tom de deboche.
- nem fodendo! Não era nem para você estar aqui no meu apartamento.
- Tem certeza que é nem fodendo?- ela abre o laço do vestido que usava ficando exposta para mim.
- O que tá acontecendo aqui? - ouço a voz da ruivinha do meu lado e assim que ela me olha consigo ver um " relaxa " ...
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ETHAN #6 - DOIDAS POR UM TERNO NOVA ERA
RomanceLivro 6 da série DOIDAS POR UM TERNO. 📌 AMSTERDAM- HOLANDA 🇳🇱 " EU TE AMO E NEM TE CONTO. " Ethan Hops Magalhães, sempre foi um homem extremamente calmo, mas com alguns acontecimentos que marcaram sua vida ele se transformou em um homem desesta...