Como o ódio

670 54 146
                                    

⚠️ AVISOS ⚠️

• Não contém smut;

• Todas as imagens das mídias foram tiradas do Pinterest;

• É apenas uma fanfic, nada escrito aqui é condizente com a vida real dos atores;

• Linguagem imprópria;

Os dois primeiros capítulos são curtos, pois é como se fosse a introdução da história, um tipo de apresentação dos dois personagens principais da fic.


Jaeden Martell

Era mais um dia nessa cidade de merda, escola de merda, vida de merda.
Por que simplesmente os humanos não entram em extinção? Eu não sei se eu já falei, mas eu odeio pessoas.

Tem aquele tipo de pessoa que ver lado bom em tudo, que se dá bem com todos, mas pra mim não passa de alguém irritante e são as que eu mais odeio.
Tem aquele outro tipo de pessoa que não leva nada a sério, faz piada com tudo, pra mim é só mais um idiota.
E existe mais vários outros tipos de pessoas, pode parecer que eu sou um chato e insuportável, mas eu tenho os meus motivos para odiar pessoas em geral.

Minha rotina de vida é sempre a mesma. Acordo, vou pra escola, volto da escola, recebo xingamentos da minha família, fico no celular e vou dormir.
Isso é chato pra caralho, em todos os psicólogos que eu já fui, sempre dizem "faça novas amizades", "a solidão é a pior coisa", "solidão é igual a tristeza". Mas e sim simplesmente eu tiver medo de pessoas? E se eu não quiser ter contato com elas?
As vezes obrigar a pessoa a fazer algo que ela não queira só piora as coisas.

Eu vou pra escola e tudo que eu vejo são pessoas me olhando torto, grupo de amigos felizes e conversando. Acham que eu sou algum tipo de monstro, ou que um dia eu vou sair fazendo uma chacina na escola, mas na verdade, eu só quero ficar sozinho.

— Martell? Está prestando atenção na aula? — A professora pergunta se referindo a mim.

— Sinceramente, não! — Falo para ela.

— Sai da sala de aula! — Ela fala apontando para a porta.

Como eu não fazia questão de ficar naquele zoológico, simplesmente saí sem esforço nenhum.
Eu odeio professores, eles acham que podem fazer o que quiser com os alunos e que apenas eles estão certos.

Fico no refeitório esperando o sinal tocar, enquanto isso não acontece, vejo um garoto de cabelos cacheados. Ele estava sorrindo indo até o banheiro, mas um que eu odeio, como alguém consegue sorrir com tudo? Parece mais um retardado e idiota.

Depois de mais um dia chato na escola, fui para a minha casa. Onde eu não sei o que é pior, se é meu pai que reclama comigo a cada passo meu. Minha mãe que me empurra pra qualquer garota que ela ver, achando que eu preciso de alguém pra ser feliz. Ou meu irmão mais velho, Jacob, que é o orgulho da família e é o filho perfeito para os meus pais.

Chego em casa, ignorando minha mãe que estava na cozinha e meu irmão na sala assistindo a televisão.
Vou em direção as escadas, com a intenção de ir para o meu quarto, ouvindo meu irmão falar comigo.

— Poxa, maninho, você chega e nem cumprimenta sua família?

Que droga, minha mãe não tinha me visto, agora vai me fazer as mesmas perguntas de sempre.

— Filho! — Ela diz colocando o pano em cima da mesa e vindo até a sala — Como foi a escola? Conheceu pessoas novas? Está gostando de alguma garotinha? Fez novos amigos? — Ela pergunta ansiosa.

— Péssima. Não quero. Nem pensar. Não preciso! — Falo seco começando a subir os degraus.

— Ah, a mamãe marcou um jantar com um amigo de seu pai, ele tem uma filha da sua idade, ela vai vim também. Preciso que se arrume e fique bem bonito para o jantar, e que por favor, seja educado com todos e principalmente com a Sophia, a filha dele. — Minha mãe fala empolgada.

— EU JÁ DISSE QUE NÃO PRECISO DE UMA NAMORADA, QUE SACO! — Falo irritado subindo até o meu quarto e batendo a porta bruscamente.

— O jantar vai ser as sete horas! — Ouço ela dizer da sala.

— AHHHHH QUE ÓDIO! — Jogo a mochila no chão.

Vou em direção á janela e pulo a mesma, como não era uma altura grande, não iria me machucar fazendo isso, mesmo eu querendo.

Saio andando até o meu lugar favorito, eu sempre iria para lá quando ficava com raiva ou triste, ou seja, eu passava mais tempo nesse lugar do que na minha própria casa.
Eu não ia pra lá por ser um lugar especial ou algo do tipo, na verdade, acho isso bem brega. Eu ia lá porque não tinha ninguém para reclamar comigo, mandar fazer o que eu não quero fazer ou me irritar. Lá eu podia ficar sozinho, fazer o que eu quiser.

No fundo, eu sabia que era um lugar especial, mas escondia isso de mim mesmo, para não parecer mais um idiota no mundo, não que eu já não seja.

E as vezes me pergunto: por que eu tive que nascer? Por que minha mãe não me abortou? Por que ela ainda não me envenenou?

Eu odeio tudo ao meu redor.

𝕃𝕚𝕜𝕖 𝕃𝕠𝕧𝕖 ;; 𝐉𝐲𝐚𝐭𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora