*;-;*✨ Obrigada por lerem! Não esqueçam dos votos e comentários!*;-;*✨O dia longo e cansativo, e as lágrimas incessantes, resultaram com que Freya acabasse adormecendo no pequeno sofá da sacada, encolhida como uma criança. Eram 6:45 da noite quando ela dormiu, seu sono foi pesado e profundo pois seu corpo e mente estavam demasiadamente cansados e sobrecarregados. Não teve sonhos e nem pesadelos, e só foi acordar depois das oito e meia por conta das batidas que ecoavam na porta de seu quarto. Atordoada e ainda grogue de sono, ela abriu os olhos e olhou ao redor. As batidas se intensificaram e ela ouviu a voz de seu pai no corredor.
- Filha, você está aí? Se estiver trocando de roupa me avise porque eu já estou entrando...
Ela não sentia a mínima vontade de se levantar, ao ouvir Charlie entrando dentro do quarto, tudo o que fez foi se encolher no sofá em que estava deitada, abraçando os joelhos e rezando para que não estivesse com cara de choro. Seu pai varreu os olhos pelo aposento, esperando encontrá -la deitada na cama, mas seu olhar foi atraído pelas portas da sacada que estavam abertas e rapidamente avistou os cabelos ruivos dela, que estava deitada em um dos pequenos sofás. O homem sorriu e se encaminhou ao encontro dela.
- Boa noite, beleza, como você está?
Como foi seu dia?Ela abriu um pequeno sorriso ao ouvir o apelido carinhoso, sua mãe uma vez havia lhe chamado de beleza quando ela era criança, desde então Daphne e Charlie nunca mais pararam de chamá-la assim. Seu pai se ajoelhou no chão, de frente para ela. Ela não respondeu e ele imediatamente percebeu que ela havia andado chorando, seus olhos e nariz inchados não negavam esse fato.
- O que aconteceu dessa vez gatinha? Foram "eles"? Teve um dia difícil na escola?
Perguntou aflito, passando as mãos pelos cabelos dela. Sua preocupação paternal era quase tangível. Freya fingiu negando com a cabeça, como a boa filha que estava tentando ser, ela faria com que o pai continuasse achando que aquele lugar era perfeito, e se o lugar era perfeito, a mansão, a escola e todo o resto também seriam. Nada de fantasmas, nem acontecimentos estranhos, e nada de ter sido abandonada por Alef. O que era um dia ruim? Ela não fazia a menor idéia.
- Não papai, não foram "eles", ainda bem. E eu tive um ótimo dia na escola, conheci novas pessoas e tudo o mais. É só que... senti saudades de casa. Só isso, não é nada demais, fique tranquilo.
A suposta saudade de casa foi a primeira coisa que lhe veio na mente para usar como desculpa, e agora estava se sentindo mal por ter mentido para seu pai, pois nunca conseguia esconder nada dele e nem de Daphne, não era capaz nem de surrupiar um doce da geladeira sem ser pega, não fazia ideia de como estava conseguindo continuar com aquela farsa de maneira tão natural e espontânea.