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Quando a empregada bateu em sua porta, Freya finalizava um coque frouxo no alto da cabeça. Suas roupas eram simples, apenas uma saia jeans e uma blusa laranja que uma vez fora de seu pai.Em compensação ela se permitiu usar um par de brincos pequenos e dourados e um cordão de estrela prateado. Depois de ter passado um pouco de blush nas bochechas e gloss nos lábios, ela se perfumou e calçou uma sapatilha. Ao sair do quarto, se deparou com a mesma empregada gentil da "Sala de Chá".
— Olá senhorita.
A mulher lhe cumprimentou com um sorriso delicado. Ao fechar a porta, a garota se deu conta de que ainda não sabia o nome da empregada que se encontrava a sua frente.
— Olá senhora, hummm... Que indelicadeza de minha parte, eu não sei o seu nome.
Conforme as duas começavam a andar, a empregada fez um semblante um pouco envergonhado, como se tivesse deixado passar algo importante, então disse:
— Oh não se desculpe! Eu é que não me apresentei, perdão por ter sido mal educada ao me dirigir a sua pessoa sem antes ter me apresentado. Mas é que eu quase não tive a oportunidade! Me perdoe mesmo!
Freya tocou o ombro da mulher arregalando os olhos, estava ficando assustada com a forma que a empregada lhe lançava satisfações, como se ela mesma estivesse pedindo por aquilo.
— Você não me deve satisfação de nada, senhora. Eu só perguntei o seu nome, e a senhora me diz se quiser ou não, certo?
A mulher lhe lançou um olhar chocado, como se ela acabasse de ter dito algo muito ruim.
— Mas um pedido seu é uma ordem para mim, senhorita! Saiba que no momento em que você e seus pais passaram pela porta de entrada da mansão, se tornaram meus patrões assim como o senhor Louis e a senhora Katherine imediatamente! E por isso eu lhe devo obediência e satisfação!
Os olhos de Freya, já arregalados, quase saltaram das órbitas. Será se tinham voltado para a época passada, em que os empregados eram tão devotos aos seus patrões. Ela nunca imaginou, em toda sua vida, que alguém um dia viria chamá-la de "patroa". Completamente inacreditável! As coisas tomavam um rumo estranho que ela nem havia imaginado. Ela nem tentou discordar daquilo, já que a empregada falou de todas aquelas coisas com tanta devoção e veemência, achou melhor ficar calada. O resto do caminho foi tomado de um silêncio constrangedor, mas antes de chegarem ao salão de refeições, a senhora sorriu para ela enquanto dizia:
— E antes que eu me esqueça novamente, meu nome é Johanna.
Freya retribuiu seu sorriso.