23° Capítulo

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Os alunos já começavam a andar em direção a escola, e no meio do caminho ela encontrou Dominic e Sky, que haviam observado tudo a distância. Eles perguntaram como a conversa fora, e ela disse sobre conversar com Oliver no carro dele, ao que ambos franziram o nariz de insatisfação, não gostavam da idéia de ela ficar sozinha com o capitão do time de futebol, também conhecido como babaca supremo. A caminho de suas salas, eles foram se tocando de forma carinhosa, pois não teriam nenhuma aula juntos e já sentiam falta uns dos outros. Freya recebeu dois beijos na bochecha de Sky, e um beijo na testa de Dominic, antes de relutantemente entrar na sua sala de álgebra.

Haviam quatro pessoas na sala, e ela não soube se sentia alívio ou preocupação por ver um rosto conhecido sentado na última cadeira do fundo. Se tratando de Alef, ela sentia as duas coisas. Mas como ele era seu único conhecido, não tinha escolha a não ser sentar ao lado dele. Além do mais, não queria fazer par com um desconhecido. Ela sentou-se ao lado dele sem cerimônia, e notou o olhar de extrema surpresa que ele fez. Até ela ficaria surpresa se em uma sala com tantas cadeiras vazias, ele escolhesse sentar logo ao seu lado. Por alguns minutos, nenhum dos dois disse nada. Freya se sentia confortável no silêncio e não via motivos para querer sair de sua zona de conforto. Conforme mais alunos iam chegando, mais a sala ia ficando barulhenta e quente. Foi então que ela percebeu a maneira como alguns estudantes olhavam para onde estava sentada.

— Que coragem a sua, sentar comigo.

Alef disse sem olhar para ela, cruzando os braços em cima da mesa que eles dividiam.

— Porquê diz isso?

Ela questionou, arqueando uma sombrancelha para uma garota que os encarava sem ao menos disfarçar.

— É porque ninguém senta comigo, por isso todos estão nos observando com essas expressões assustadas.

— Não entendi, como assim ninguém faz dupla com você?

Perguntou, genuinamente curiosa. Ele deu de ombros, indiferente, logo mostrando que era algo que não o incomodava.

— Basicamente já vai fazer uns seis meses que ninguém têm, como poderíamos definir? Bom, a "coragem" de fazer dupla comigo.

— Qual o motivo disso, tirando é claro, toda a sua personalidade?

Ela perguntou franzindo o cenho e finalmente olhando para ele. Alef tombou a cabeça para o lado direito e abriu um sorriso ladino.

— É que até agora ninguém conseguiu acompanhar meu ritmo em álgebra. Com o tempo, você vai descobrir o por quê.

Freya não fez mais perguntas, apenas esperou pacientemente pelo começo da aula. Nesse período de tempo, não trocou mais palavras com Alef, no entanto, percebeu o quanto se sentia confortável apenas por estar ao lado dele. Estavam bastante próximos, separados por apenas alguns centímetros entre as cadeiras onde se encontravam sentados. Se ela movesse a perna, nem que fosse por um milímetro, seus joelhos iriam se tocar. Pegou-se repentinamente pensando naquilo, mas logo afastou a idéia da cabeça com irritação, se perguntando se estava ficando doida. Desconfiava de que aquela aula seria demasiado longa. Quando o professor chegou, ela teve certeza daquilo. Descobriu o porquê de ninguém querer fazer dupla com Alef da pior maneira possível. Álgebra já era uma coisa difícil, mas ele ia lá e tornava tudo dez vezes pior. Ele era muito exigente, muito perfeccionista e minucioso com os cálculos, e ela ficou se sentindo extremamente burra pelo fato de que não se dava bem com aquela matéria, ao passo que ele era bom até demais. Perdeu a conta de quantas vezes foi repreendida ou o escutou dizendo: "Você está fazendo tudo errado, Freya". É claro que, a aula não estava nem na metade quando ela começou a se estressar. Não foi surpresa que os dois não conseguiram ficar em paz por muito tempo, e logo estavam discutindo.

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