25° Capítulo

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Os degraus desciam em espiral, e ela deu duas voltas antes de chegar ao seu destino. Quando se viu diante de uma sala ampla e espaçosa, semicerrou os olhos, não sabia muito bem o que esperar, mas definitivamente não era aquilo. O local era todo fechado, sem paredes ou portas, somente duas passagens de ar do lado esquerdo e do direito. O teto era completamente coberto por plantas que estavam dentro de vasos e suspensos por cordas presas em ganchos no teto. Aquele lugar era o único da casa, pelo menos até agora, que Freya notou, não era decorado exageradamente.

Na verdade, nem havia decoração, lá era uma espécie de local para estudos e pesquisas. No canto esquerdo, havia uma estante de madeira escura que era da largura e altura da parede, abarrotada de livros grossos de couro, que aparentavam ser tão antigos que ela tinha certeza de terem sido fabricados muito antes de seu nascimento. Do lado direito havia um balcão de mármore preto e um criado mudo com seis gavetas, que era feito da mesma madeira da estante de livros. Acima destes haviam cinco prateleiras que ocupavam todo o restante da largura e altura da parede, indo até o teto.

Estas estavam cheias de vários frascos de vidro, pequenos, médios e grandes. De longe ela não conseguia enxergar com clareza, mas viu que cada um deles tinha um adesivo com algo escrito, provavelmente indicando o conteúdo que havia dentro de cada um. Em cima do balcão de mármore haviam mais vasos de plantas, um apoio para um livro enorme de couro que estava aberto no meio, ao se aproximar ela notou que também havia um moedor de temperos e ao lado dele, dentro de uma pequena vasilha de barro, uma espécie de planta que estava amarrada com um barbante. Queimava aos poucos, soltando uma fumaça que tinha um aroma doce muito agradável. Haviam velas queimando em cima de apoios, pequenos baús, muitos pergaminhos e até mesmo uma balança. E tudo isso estava espalhado por cima do balcão, em uma tremenda bagunça. No espaço do meio, havia uma mesa de madeira, com mais velas em cima, cristais e bem no centro, uma panela de ferro redonda borbulhava com algo dentro, em baixo dela havia um suporte com pequenos pedaços de carvão que queimavam. Na parede acima da mesa haviam vários símbolos, incluindo as fases da lua.

Ao lado do caldeirão havia uma bola de cristal e cartas de tarô, e bem no centro, uma estatueta média em mármore lilás, que era a imagem de três mulheres e dois cães. Ao se aproximar para ver um pouco melhor, Freya olhou para o chão bem a tempo de ver um grande símbolo. Ele estava desenhado com giz branco, era uma estrela com um círculo ao redor, e em cima do círculo também haviam velas brancas queimando. Aquele lugar todo exalava uma energia muito boa, quase... mágica. Óbvio que era um altar, e alguém naquela família tinha uma religião bem diferente. Depois de ter observado tudo aquilo, ela sentiu familiaridade, deveria estar confusa e achando tudo muito esquisito, porém de forma misteriosa, se sentia confortável. Ainda assim, sabia que não deveria estar ali, o lugar tinha uma passagem secreta, e isso só podia significar que não era qualquer um que poderia entrar. Se sentindo culpada, por ter quebrado a promessa que fizera a Louis de que nunca mais faria algo do tipo, ela passou as mãos nas roupas, girou nos calcanhares e se pôs a subir a escada.

Quando voltou à biblioteca, empurrou o livro falso de volta para seu lugar, e observou descrente a parede voltando a ser apenas uma parede. A passagem era tão bem feita, que ninguém que passasse por ali desconfiaria que pudesse haver algo por trás. Agora que sabia daquilo, tinha certeza que não conseguiria parar de pensar sobre. Mas para seu alívio, era algo simples em comparação a saber que a mansão era mal assombrada. Não era algo que iria tirar seu sono quando fosse deitar a cabeça no travesseiro para dormir a noite, pelo menos. Porém, ainda era algo a ser bastante ponderado. Não iria voltar lá, claro que não, havia prometido para Louis nunca mais fazer nada do tipo.

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