MARK POV

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MARK POV

Olhei no fundo do olho daquele homem dentro do carro e vi Emma se afastar sem olhar para trás, nunca o vi na minha vida e meu estomago revirou em pensar que ela estava com alguém, a energia que a voz dele trazia não era nada bom. Terminei meu cigarro e entrei devolta na empresa, andei até minha sala e tranquei a porta, servi uma dose de whisky e sentei atrás da minha mesa, encontrar ela era o peso que faltava para encher meus ombros. Um sorriso apareceu aos meus lábios enquanto eu pensava sobre Emma, lembranças corriam pela minha mente e eu tinha esquecido o quão bobo meu coração poderia ficar por alguém. Longos minutos perdidos na minha cabeça, me levantei para servir mais uma dose de whisky e ouvi pela janela do escritório sirenes da policia, passei minutos intrigado sobre isso e uma sensação de peso no meu pescoço já estava me tirando do sério.

Cacei meu celular na pasta e liguei para a delegacia, passei 10 minutos com o delegado ao telefone e dei todas as informações necessárias para encontrar o rapaz, em menos de 5 minutos eu já estava dentro da delegacia e com todo histórico de ''Ryan'' na minha mão, que já havia recebido uma denuncia de uma ex namorada por tentativa de agressão. Entrei em uma sala com o delegado e organizei todos os papéis assim como acordos.

- Senhor, encontramos o rapaz. – Um policial entra na porta, me levanto da mesa e organizo os papéis.

- Senhor, por favor eu gostaria de pedir que não fizesse muitas perguntas pessoas para ela, eu dou conta disso. – falei antes de sair da sala – claro, doutor. – o delegado sorriu para mim sem mostrar os dentes, mostrando empatia e logo entrou em outra sala.

Ao ver o rosto de Ryan, em direção a mim que estava ao lado da porta me fez queimar por dentro, ele tinha um rosto comum mas eu sei que essa expressão é de um covarde. Ele entrou na sala algemado e logo o segui, um policial aguardou ao canto e puxei os papéis, fiz algumas perguntas mas logo ele se deu a liberdade para fazer gracinha.

- Desde que data vocês estão juntos? – perguntei olhando para seu rosto, mantendo minha voz no mesmo tom.

- Por que a pergunta? Isso te incomoda? – ele sorriu – não. – respondi – faz parte do questionário e ambos gostaríamos de sair de perto um do outro o quanto antes.

- Faz em torno de 3 meses no máximo. – Ele sorriu – ela é boa.. – sussurrou se inclinando para frente.

- Você está trabalhando no momento? – falei depois de limpar a garganta, a imagem de Emma com ele me fez começar a balançar a perna, eu queria explodir a cabeça desse imbecil.

- Acho que tem coisas que nem você sabia que ela faz.. – sorriu novamente falando baixinho, senti um fincão na nuca e bati forte na mesa.

- Isso é um interrogatório sério e não sobre a vida sexual de vocês dois que eu não tenho interesse nenhum em conhecer. – falei em um tom alto e juntei as folhas, minhas paciência ia explodir, ele sorriu vendo meu desequilíbrio e eu fechei os olhos, respirei fundo e sai pela porta.

Tudo me deixou tão desorientado que no caminho até em casa não consegui me concentrar em nada, estudei todo o caso na mesa de escritório no meu quarto durante a noite e recebi as fotos da pericia por e-mail, mostravam seu torço abaixo de seus seios e acima do quadril, onde haviam dois avermelhados de cada lado de suas costelas. Tudo era tão novo pra mim de novo, e não é minha maneira favorita de me reencontrar com Emma, fechei meu olhos e controlei minha respiração por alguns minutos antes de continuar com o trabalho.

- Mark, cheguei. – Ouvi a voz de Natalie no andar de baixo e fechei a tela do meu computador, coloquei os óculos em cima e me levantei - Esta tarde e você ainda esta em pé. – Natalie entrou e colocou suas bolsas sobre a cadeira do quarto.

Direito de AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora