Conexões

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- Emma, temos que ir, já estamos em cima da hora. – Ele se afastou do meu rosto, olhei seus lábios como sempre em uma linha reta, finos, roubei um beijo novamente e ele sorriu em resposta.

- Vamos pra casa. – olhei em seus olhos, ele riu e seu sorriso me fez ir mais ainda para cima dele a ponto de estar de joelhos no meu banco, ele limpou a garganta e segurou meus ombros.

- Você bebeu? – antes quase dele terminar eu já estava beijando seus lábios novamente, ele não parecia querer lutar contra mim, mas eu sabia que a responsabilidade dele ia gritar mais alto – Emma. – ele falou um pouco rouco, me chamando de volta para a realidade que ele mesmo achava difícil de viver.

Eu não pensei duas vezes e mesmo nervosa, abri sua calça mas ele me parou imediatamente, olhei para ele, que parecia preocupado.

- Emma, pelo amor de deus. – disse, eu não consegui identificar o que ele realmente quis dizer, e eu queria muito conhecer esse sentimento, então sem pensar duas vezes, o arranquei um grunhido do fundo da garganta.

Depois de 2 músicas inteiras, eu estava mais certa do que eu imaginava, e Mark parecia achar graça em tudo isso, ao sair do carro ele passou o braço em volta do meu ombro e me apertou contra seu corpo, seu rosto parecia surpreso de certa forma, eu soltei um riso e o abracei. Talvez fosse tolo ver o tanto que eu estava apaixonada por ele, e nunca o vi sorrir assim antes em momento algum, nem com seus amigos.

Ao entrar pela porta principal, parecia que estávamos vestidos de vermelho com luzes por todo o corpo, pois todos de canto de olho olharam para Mark abraçado em mim, limpei a garganta e olhei para baixo me sentindo um invadida. As pessoas tinham um dom incrível de fazer o outro ser humano se sentir diferente, era bizarro e triste, mas nada que uma respirada funda não resolva. Olhei o lugar e havia muita gente, quase não vi ninguém que eu conhecia, talvez um grupo de meninas e meninos mas havia bastante gente mais velha e família. Ao redor do lugar, haviam as mesas e no meio de tudo haviam cadeiras e um palco em frente, a decoração era branca e amarela, as cores do brasão da faculdade, as meninas usavam vestidos compridos e repletos de brilho e os homens estavam todos impecáveis. Todos pareciam ter saído do salão de beleza direto para a festa, diferente de mim que fiz meu próprio cabelo e maquiagem, solto, ondulado e maquiagem marrom, simples e natural. Meu vestido era comprido, mas não tinha nada demais, era cinza e tinha uma fenda não muito grande na perna direta, o busto era triangular e deixava um pequeno decote aparecendo, como eu tinha pouco seio, nunca ficava muito vulgar. Olhando o vestido de todas, me senti muito comum, ele era lindo igual mas era único e em uma cor só, claro que meu salto aberto e cinza verniz deixava tudo mais lindo. Apenas em lembrar do rosto de Mark quando me viu e a escolha dele de fazer questão em usar a cor da gravata da mesma cor que vestido, me fez espantar qualquer pensamento ruim, e além do mais, eu nunca estive tão magra e o vestido fazia meu corpo ser emoldurado em cada pedacinho.

- Mark. – a voz entre a música baixa que estava tocando no salão, me vez voltar a vida, quando olhei era os pais de Mark, sorri para ambos mas a mãe dele se recusou a me olhar.

- É bom ver vocês. – Mark abraçou ambos e logo, eu o segui.

- Você esta linda, querida, é ótimo ver vocês dois juntos. – o pai de Mark me olhou com delicadeza, fiquei um pouco sem graça pelo elogio e sorri, Mark sorriu sem mostrar os dentes e me olhou com um tom de orgulho.

- É ótimo saber que vocês continuaram a amizade. – a mãe de Mark sorriu, mas seus olhos não sorriam junto, parecia que eu havia levado um tiro, algo estava errado.

Mark manteve a postura e colocou a mão nas minhas costas enquanto todos nós andamos até a mesa marcada para a família de Mark, me sentei ao lado de Mark e de seu pai, a mesa era redonda então eu estava exatamente de frente para a mãe dele que se rejeitava em me olhar. Tentei buscar o olhar de Mark para entender algo, mas igualmente não era hora de discutir nada ou tentar entender, era a noite de Mark então nada poderia estragar.

Direito de AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora