Jada - A força não tem cor ( Concluído )

Capítulo doze

Jada estava sentada em seu leito no hospital. Algumas lágrimas insistem em rolar por seu rosto, ela aperta o lençol com raiva. Ela só queria que pessoas como August ficassem trancafiadas para sempre e nunca mais pudessem machucar ninguém.

— Jada — Warren se aproxima e ela lhe lança um olhar frio — Como você está?

— Nunca estive melhor. Estou pronta para voltar e ser a melhor VP de finanças que aquela empresa já teve.

— Não precisa se fingir de forte, o que ele fez... — ela o interrompe.

— Aquele desgraçado nunca vai me derrubar, eu não vou da esse gostinho a ele.

— Tem certeza que está bem?

— Muito bem — ela desvia o olhar e mantém sua postura.

— Se precisar de ajuda — ele tenta tocar a mão dela, mas ela a puxa.

— Não precisarei — ela força um sorriso — Agora se puder me deixar sozinha, eu quero descansar um pouco.

Warren sai dali um tanto chateado, mas preferiu respeitar o espaço de Jada. A negra espera ele sair e após um tempo atira um objeto que estava ao lado contra uma parede.

— De agora em diante todos vocês vão ter que reconhecer que  eu não sou inferior. Nunca mais vão me humilhar e muito menos me machucar.

...

A negra estava sentada em frente ao espelho se maquiando. Tinha se passado uma semana desde o ocorrido e apesar de tudo, ela insistiu em voltar a trabalhar. Ela  termina de se arrumar e segue até o elevador, queria ser pontual. Jada era o tipo de mulher que odiava demostrar suas fraquezas, para ela era importante passar uma imagem de inabalável.

August tinha sido preso, seu rosto tinha saído em todos os jornais. Jada não se sentia satisfeita, só de lembrar tudo que ele lhe fez, ela ficava completamente enjoada. A mulher adentra sua sala e Bete entra logo em seguida.

— Fico feliz em ver a senhora — diz a loira.

— O que tem em minha agenda para hoje?

— O senhor Manchester pediu alguns relatórios e solicitaram uma verba.

— Eu vou analisar o pedido e ver se o valor é cabível — ela analisa o conteúdo da pasta entregue por  Bete.

A mulher corpulenta se retira e Jada resolve pesquisar o nome da empresa na internet. Várias notícias sobre a prisão de August, mas algo lhe chamou a atenção, uma notícia sobre Melinda.

— Noiva de Joshua Manchester, aparece desesperada na delegacia após prisão de seu então cunhado. A jovem filha de empresários falidos, parece ter apostado nos dois irmãos ao mesmo tempo.

— Melinda está grávida e eu desconfio que seja de August.

— Ela não vai ganhar nada estando grávida de um presidiário.

— Sendo meu filho ou sobrinho, de qualquer forma essa criança é inocente e carrega meu sangue.

— Espero que seja do August, você não merece está ligado a essa mulher.

— Eles transavam no escritório dele, no apartamento dele que eu frequentava. No final das contas eu nunca me toquei que estava sendo traído bem debaixo do meu nariz.

— Sinto muito, infelizmente eu já sabia. Só não te contei porque sabia que estava cego de paixão e não acreditaria.

— Você estava certa, eu realmente não acreditaria. Acho que isso serviu de lição para eu ficar mais esperto, existem mulheres com um ótimo caráter e eu preferi uma de caráter duvidoso só por conta de um belo corpo.

— Espero que agora não olhe mais só para a aparência.