Capítulo nove

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— Aonde vai? — indaga Mikaela.

— Preciso comprar algumas roupas — ela guarda a carteira na bolsa — Vou até o shopping próximo daqui.

— É melhor não — diz a morena apreensiva.

— O que houve? — Jada a fita sem entender.

— August foi solto, conseguiu pagar fiança e aguardar o julgamento em liberdade.

— Mas que droga é essa — a negra estava irritada.

— Ele é rico e infelizmente tem privilégios.

— Isso é um tremendo absurdo — ela aperta os punhos irritada.

— Ele pode querer se vingar de você. Pode ser ele envolvido nas ameaças e ofensas, Jada.

— Eu não vou abaixar a cabeça. Eu  vou lutar e vencer.

— Isso não é coragem, é burrice.

— Até mais tarde — ela segue até o elevador.

...

A mulher negra segue com passos firmes pelo os corredores do shopping. Ela usava um jeans escuro com uma camisa branca com alguns botões abertos e um colar. O som de seu salto ecoava pelo lugar que não estava muito cheio, talvez a maioria ainda estivesse no trabalho aquele horário.

Jada adentra uma loja e olha alguns vestidos lindíssimos. Ela nota o olhar da vendedora a seguir enquanto ela  olha as peças. Outras pessoas escolhiam roupas, mas a vendedora se atentava apenas a mulher que pega algumas peças e segue até a vendedora.

— Eu vou querer provar essas. Não se preocupe que eu não preciso roubar.

— Mas eu não... — Jada a interrompe.

— Eu sei o que você pensou. Deveria ficar de olho naquela moça branca que enfiou uma blusa na bolsa e você nem viu. Claro, estava preocupada com a negra — o segurança já tinha se aproximado da mulher que havia tentado roubar, a vendedora fica ruborizada.

Jada prova as roupas e acaba levando algumas peças. Precisava de roupas para sair e outras para trabalhar. A negra entra numa loja de lingerie e olha algumas peças. Após escolher e pagar, a mulher segue até o lado de fora do shopping para chamar um táxi.

...

Jada paga o valor da corrida e segue até a entrada do prédio com as sacolas nas mãos. Ela se sente observada e olha envolta para confirmar que não tinha ninguém ali. A negra coloca o polegar para identificar e quando o portão se abre ela se assusta com alguém puxando seus braços para trás a fazendo soltar as sacolas.

— Me solta, leva tudo, mas me solta.

Ela escuta uma risada abafada e uma mão tocar seus glúteos e os apertar. A mulher tenta se soltar, mas a dor fina de uma agulha lhe toma e sua visão começa a escurecer. O homem a segura assim que ela desmaia, ele a carrega nos braços até um carro e dirige para longe dali. Mikaela recebe uma ligação avisando sobre o que tinha acontecido, a polícia já tinha sido alertada.

Jada - A força não tem cor ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora