Capítulo três

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— O que houve com você? — ele se refere a marca no rosto de August que tinha ficado com a marca das unhas de Jada ao levar o tapa.

— Apenas uma noite mais interessante.

— E quem foi a vítima da vez?

— Uma garota que conheci por aí . Agora preciso ir, Henri.

— Vai lá — ele volta ao seu posto de trabalho.

Bete chega a sala de Jada animada para lhe contar algo. A negra a olha como quem diz "fala logo antes que eu me arrependa" e a loira se aproxima da mesa dela.

— Você sabe quem bateu no August?

— Fui eu mesma.

— Então foi como você que ele teve uma noite meio...

— Ele foi um babaca e eu respondi a altura. Jamais dormiria com um racista machista idiota.

— Você tem a plena razão. Vim deixar esses papéis e qualquer coisa eu estou na minha mesa.

— Esta bem — ela volta a se concentrar em seu notebook.

...

Jada cruza as pernas e se recosta na cadeira enquanto pensa sobre a situação atual da empresa. Pelo pouco que tinha visto se ela não tivesse pego o cargo provavelmente a empresa teria sérios problemas.

— Senhora Jada?

— Pode me chamar só de Jada, o que houve?

— Tem uma ligação na outra linha, posso transferir?

— Pode sim, Bete.

— Me chamo Warren Smith, um dos investidores.

— Não te vi no dia da reunião, senhor Smith.

— Estava fora do país e cheguei apenas nesta manhã. Gostaria de marcar um jantar de negócios para conhecer a nova VP de finanças.

— Poderia ser depois das cinco? Tenho algumas coisas para resolver aqui na empresa.

— Combinado, meu motorista passará para lhe buscar.

— Até mais, senhor Smith.

...

A mulher negra termina de retocar a maquiagem e segue até o elevador. Ela aperta o botão e aguarda, mas quando as portas se abrem alguém adentra o elevador junto com ela. O homem a encosta na parede gélida do elevador e aspira seu perfume.

— Agora entendo o motivo dos senhores de terra se deitarem com suas escravas. As mulheres negras são extremamente excitantes.

— Nunca mais me toque — ela lhe da uma joelhada entre as pernas — Você é um moleque idiota que merece virar eunuco para aprender.

— Vadia — ele tenta lhe desferir um tapa, mas as portas do elevador se abrem.

— Nojo de quem acha um ser desprezível desse atraente — ela sai do elevador.

O restaurante era bem próximo dali, então Jada segue caminhando. Ela estava irritada e queria acabar com a existência daquele homem. Ele era totalmente desprezível, ela iria provar que ele tinha desviado dinheiro da empresa e acabaria com ele.

— A senhorita possuí reserva? — indaga a mulher jovem com fios alaranjados ondulados e grandes olhos castanhos.

— O senhor Smith está me aguardando.

— Ele está naquela mesa — ela assenti e segue até a mesa.

— Senhorita Jada — ele se levanta — é um grande prazer jantar com uma mulher com um currículo e referência iguais as suas.

— O prazer é todo meu — ele puxa a cadeira para ela.

— Tenho algumas duvidas quanto a gestão do antigo vice de finanças, alguns problemas aconteceram e eu gostaria de saber sobre o estado atual da empresa.

— É algo muito delicado, eu tenho um plano para reverter tudo isso, mas preciso do apoio do senhor e dos demais investidores.

— Me conte, sou todo ouvidos.

Jada - A força não tem cor ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora