Jada - A força não tem cor ( Concluído )

Capítulo quatorze

Jada tinha saído para um passeio com Mika. Era seu dia de folga e elas tinham um cronograma; iriam ao cinema, depois fazer compras e por fim almoçar num restaurante que ambas gostavam muito. Ao entrarem em uma das salas de cinema, as duas amigas se sentam nas poltronas marcadas em seus ingressos. Jada tinha comprado uma pipoca pequena e uma garrafa de chá gelado. Já Mika preferiu pedir uma pipoca grande, refrigerante e algumas guloseimas.

Após a sessão as duas caminham juntas até uma vitrine lhes chamar a atenção. Era uma loja com lindas roupas com um ar moderno, mas sem perder o toque de sofisticação. Mika escolhe um vestido vermelho sem mangas transpassado. Ele tinha uma fileira de botões pretos e valorizava bastante as pernas.

— Que tal? — diz ao sair do provador.

— Está gatissima — diz a negra.

— Não acha que ficou ousado demais?

— Ousado aonde? Está ótimo e eu faço questão de te da de presente.

— Não precisa, ele é um pouco caro.

— Mas você gostou  e é isso que importa.

— Sabe que fico sem graça de aceitar, mas já que insiste.

— Não vou aceitar um não como resposta — ela segue até o caixa enquanto Mika troca de roupa.

...

— Você tem uma reunião duas da tarde.

— Pede o almoço naquele restaurante vegetariano, por favor. Hoje é a segunda sem carne e eu prefiro almoçar por aqui mesmo.

— Certo — ela anota tudo — Posso me retirar?

— É claro, obrigada — ela abre o email no computador.

— Posso entrar? — indaga Joshua.

— É claro — ela termina de responder a um email e o olha.

— Queria saber se está disponível para me acompanhar em um evento de negócios.

— E quando seria esse evento?

— Amanhã por volta das oito da noite.

— Está certo, irei te acompanhar — ela entrelaça os dedos e apóia as mãos na mesa.

— Ótimo, meu motorista ira te buscar às sete.

— Então poderei sair uma hora mais cedo para me arrumar?

— É claro, acho extremamente justo.

— Estão está certo — ela sorri.

— Então eu vou indo — ele se retira.

...

— Jada, eu preciso da sua ajuda — diz Jay, responsável pelo departamento de marketing da empresa.

— E no que exatamente eu poderia e te ajudar?

— Precisamos de uma modelo para ser a imagem da empresa num outdoor.

— Me mostra o catalogo — tinham várias modelos extremamente bonitas.

— São lindas, não é? A Gigi Moore é a mais linda de todas.

— As modelos de todas as mídias da empresa são todos no mesmo padrão.

— Como assim? — indaga um tanto confuso.

— Sempre mulheres loiras de olhos azuis, nunca vejo vocês contratem alguém de outra etnia.

— Você sabe o quanto todos são extremamente racistas aqui. Os poucos que se salvam são eu, Betty e o nosso patrão. Tem alguns funcionários que também não são, mas a grande maioria é e você sabe.

— Mas agora as coisas mudaram e Joshua me deu carta livre. Quero que contrate essa — ela mostra a foto da modelo.

— Mas essa modelo é nova no mercado. Ela não está muito dentro dos padrões.

— Diziam isso sobre algumas modelos que hoje geram milhões para a indústria da moda.

— Você tem razão, vou ligar para a agência.