A rotina cansativa de trabalho, os desentendimentos com as pessoas de seu convívio, o estresse emocional, tudo parecia virar uma bola de neve. Jada segue até a sacada de seu apartamento, ela observa o pouco movimento, já era de madrugada e ela estava mais uma vez sofrendo com a insônia. No fundo ela sabia que estava se afundando, que dormir com pessoas importantes para conseguir favores não era a melhor forma de crescer.
Ela tinha chegado muito alto, mas parecia está despencando cada vez mais. Já não tinha amigos, havia perdido Joshua, que agora estava feliz cuidando do sobrinho. Ela não sabia mais o que fazer, não conseguia abrir mão de nada, mas sentia o peso de suas escolhas. Talvez, ao invés de deixar para trás tudo ruim, ela tenha preferido buscar uma forma de vingança, o sucesso ao custo de qualquer coisa.
Max tinha sido um de seus tropeços, ele estava obcecado por ela. A pior parte é que ela não dava conta do perigo, estava realmente jogando com um cara que poderia lhe ferir de alguma forma. Seu comportamento possessivo e o ciúmes, tudo levava a crer que se tratava de alguém com a mente perturbada.
— Eu estou cansada, já está muito tarde — diz ao abrir a porta.
— Eu já disse, Jada — ele a empurra com o ombro e entra — Você se vendeu, agora siga com isso.
— Eu não sou uma prostituta, ambos usufruimos de toda essa situação.
— Até pode ser, mas eu não vou ficar sendo ignorado — ele fecha a porta e a puxa pela cintura.
— Max, você é um homem bastante atraente, mas não sei se é saudável continuarmos tendo esse caso.
— Você fica mais bonita calada — ele a beija, não de maneira calorosa, mas possessiva e bruta.
Jada sente seu corpo amolecer, uma sensação ruim a invade, a mesma sensação que sentiu ao toque de August. Ela morde o lábio do homem que a solta e leva a mão ao lábio, ela consegue notar o ódio no olhar de Max. A negra corre e se tranca no banheiro, Max esmurra a porta a fazendo tremer atrás das costas de Jada.
— Sai daqui, vai embora — diz entre lágrimas.
— Abre agora, anda sua vadia — ele grita.
— Eu preciso de ajuda — ela segue até a pequena janela do banheiro — Socorro, alguém chama a polícia.
— Cala a boca — ele grita e chuta a porta.
— Ele vai entrar — ela se desespera — Socorro.
— Senhorita Jada — ela escuta a voz abafada do segurança do prédio.
— Abre a porta, eu preciso de ajuda — ela grita, mas a porta do banheiro é arrombada.
— Você vai me pagar — ele a puxa pelos braços e a joga no chão — Eu vou te da uma lição.
— Socorro — ela grita, mas uma dor no pé da barriga a faz gemer.
— Me solta — grita o homem enquanto o segurança o imobiliza.
— Está tudo bem? — indaga uma moradora do prédio.
— Está doendo muito — ela olha para as pernas e nota que tinha sangue escorrendo por elas — O que está acontecendo comigo?
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Jada - A força não tem cor ( Concluído )
ספרות לנערות+14 O livro conta a história de Jada, uma executiva de sucesso. Aqui conheceremos todas suas dificuldades, o preconceito que sofreu e como ela conseguiu dar a volta por cima. Jada muitas vezes pensou em desistir e abandonar tudo, mas sua determinaçã...