Capítulo vinte e dois

103 22 1
                                    


Jada estava terminando de revisar alguns projetos, tinha ficado até tarde no escritório, todos já tinham ido embora. Sua vida era o trabalho, tudo que lhe trouxesse benefícios a sua carreira, ela se arriscava. A negra desliga o computador e pega sua bolsa, precisava ir para casa dormir um pouco, seu corpo não aguentaria mais tanta carga.

— O que faz aqui tão tarde? — ele a puxa pelo braço.

— Me solta, eu estava trabalhando.

— Trabalhando ou se relacionando mais uma vez com seu chefe?

— Do que você está falando, Max?

— Você é minha, Jada — ele cola seu corpo no dela — Não fazer aqui o que fez na empresa de Joshua.

— Meu noivado com Joshua não tem nada a ver com isso. Eu não vou me relacionar com meu chefe, ele é casado.

— Acho bom, não te quero dormindo com mais ninguém além de mim.

— Me solta, eu não sou sua propriedade.

— É sim, eu sei que só transou comigo por puro interesse. Você mesma se vendeu, eu posso te da todo o sucesso que quiser, você só precisa me obedecer.

— Não, eu não sou mulher de me submeter a um cretino feito você.

— Você vai realmente me desafiar? Eu não faria isso se fosse você.

— Eu não me desafiaria se fosse você. Agora me solte ou eu faço um escândalo — ele a solta.

— Isso não acabou aqui.

...

— Está tudo bem? — indaga Berenice.

— Sim, só me traga um café forte e sem açúcar.

— Sim senhora — ela se retira.

— Ah, como você me faz falta, Mika.

Mika tinha se afastado, Jada reconhecia sua culpa, ela tinha se tornado uma péssima amiga. Agora ela sentia falta de alguém para desabafar. Por fora ela era uma rocha, dizia não precisar de ninguém, mas po dentro tinha medo. Ela tinha conquistado inimigos, no percurso que fez até chegar aonde estava, sabia que só pioraria conforme fosse subindo mais degraus.

Do mesmo jeito que ela faria de tudo para chegar aonde queria, sabia que muitos fariam de tudo para a destruir. Max era para ser  só mais um degrau, alguém no qual se apoiar para crescer, mas ele estava totalmente possessivo com ela. A negra não sabia o quanto aguentaria, se conseguiria jogar o suficiente para que Max pensasse que estava com ela sob controle.

— Aqui está o seu café — ele coloca sobre a mesa.

— O que faz aqui? — ela aperta as unhas contra as palmas das mãos.

— Vim saber como estava, a vadia que não merecia está sentada nessa cadeira — ela lhe desfere um tapa.

— Você está louca, Tiffany?

— Pensa que não sei que só está aqui por ter seduzido o meu pai? Olha para você, uma negra que além de tudo é uma vadia.

— Cala a sua boca, peço que se retire ou irei te denunciar por racismo.

— Faça o que quiser, você não vale nada mesmo — ela sai batendo a porta.

— Mais uma inimiga, agora vou ter que lidar com a filha do chefe — ela ri sem humor — O pior é que eu nem sequer o seduzi, não faria isso com um homem casado.

Jada - A força não tem cor ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora