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Dahlia

Popy havia tirado todos os sapos de chocolate que eu havia ganhado de Belatrix de perto de mim depois de eu já ter devorado 5 caixas.
Já era de noite e provavelmente todos os alunos já estavam na cama, minha mente havia passado a tarde vagando em direção a Régulos e eu senti muita vontade de invadir a privacidade de Snape e ir perguntar _obrigar_ ele a me dizer exatamente como o Black havia visto minha marca e "por que", porém fiz muito esforço para permanecer quieta já que Severo havia dito que queria ficar sozinho.

Eu era uma única acordada na enfermaria, tendo somente minha mente como companhia e eu pensava, pensava sem parar, desde o meu encontro com Grindewald e o que eu poderia fazer em relação a uma promessa que eu fiz, até a pensamentos desastrosos e destrutivos, como: Será que Régulos vai me perdoar por ter escondido a verdade dele? Será que ele está bem? Ele já sofreu muito com seus pais vendo ele apenas como um herdeiro para continuar com a linhagem dos Black e, ainda tem o irmão dele, Sirius, tendo o abandonado em um lar tóxico para ficar sozinho. Régulos havia achado uma família de verdade, não por sangue, mas por escolha; então logo se vê traído por segredos e mentiras.

Um barulho alto próximo à porta trancada da enfermaria me faz olhar rapidamente para o local, Lilian e Lupin acordam e olham assustados para a porta, mas não há nada lá.
Até eu olhar para baixo.

Um ser pequeno faz um barulho choroso e vem correndo em minha direção, me estuda e soluça alto enquanto me abraça.

—Ahhh senhorita, Doby estava com tanta saudade da senhora. Doby estava muito preocupado. —Retribuo o abraço do pequeno elfo doméstico que continua à chorar. Se Severo não estava acordado antes, agora com certeza está, infelizmente sua cortina fechada não me permite saber.

—Eu estou bem, Doby. Se acalme.

—Ele é um elfo doméstico! —Evans afirma em um tom fascinado, fazendo com que todos nós olhássemos em sua direção. —Nunca havia visto um.-- Se explica ainda encantada

—Você sabe que tem uma cozinha cheia deles aqui no castelo, não sabe?

—Como assim? —Ela grita indignada. —Hogwarts os escraviza?

—Não, Dumbledore tinha oferecido pagar os elfos do castelo por seus serviços, porém nenhum quis aceitar. Eles são bem tratados. —Diz Lupin.

—Sim, sim. O Dumbledore é um grande homem. —A fala de Doby me faz revirar os olhos. Só o que me restava, ficar presa com 3 defensores do velho, talvez em outro momento eu pudesse contar com severo para me ajudar, mas não é como se ele desse sinal de vida.

—Como você está, Doby? —Pergunto para ele.

—Doby não pode reclamar de nada minha senhora. O senhor Malfoy e a Senhorita Farwley estavam furiosos, fizeram o concelho do colégio retirar Dumbledore do cargo de diretor. —Ouço Doby com atenção enquanto Lupine e Evans prendem a respiração, com certeza não sabiam disso. -- O senhor Noah os convenceu de que você não gostaria disso. —O que? Tento pensar o porquê de Noah não ter permitido a expulsão de Dumbledore do castelo e porque isso seria do meu agrado. Então percebo que com Dumbledore como diretor nós sabemos da localização dele, porém se ele saísse do castelo seria muito mais difícil encontra-lo à não ser que ele quisesse ser encontrado.

--Fico feliz por terem deixado o velhote no cargo.

--Não chame ele assim! - Evans ralha com raiva e eu apenas reviro os olhos, ruivinha esquentada. Observo de canto de olho, Doby sumir e reaparecer rapidamente com uma enorme travessa em sua mão e minha barriga ronca alto e já me esqueço de rebater a Evans, só pelo cheiro eu já sei o que é.

--A senhora Malfoy fez para você. Ela estava muito preocupada .-- Eu juro, estou começando a considerar a ideia de parar na enfermaria novamente se isso significar mais mimos. Eu amo ganhar presentes e isso está sendo o paraíso, já nem ligo mais para a pequena dor na minha cabeça ou o cansaço do meu corpo, todos os meus sentidos estão dominados pelo cheiro da torta de morango. Eu amo os Malfoy_ com exceção de Lúcio, aquele ali só gosta da mãe e da noiva_.

A cabeça de Evans e Lupin se levantaram em direção ao cheiro maravilhoso também, percebendo meu olhar, o garoto desviou a cabeça, porém Lilian de uma forma descarada perguntou: --Vai comer sozinha? -- Tive que sorrir para a ruiva, era claro que eu planejava comer sozinha, era torta; Mas por que não confraternizar um pouco com os inimigos?


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A noite foi .... diferente. Depois de uns 3 pedaços de torta e alguns sapos de chocolate, uma cor subiu nas bochechas de Lupin e parecia que ele já estava mais confortável comigo, tendo até feito algumas piadas.

Já a querida ruiva, aquela ali era uma força da natureza, nem parecia a pessoa que sempre abaixava a cabeça na presença de Belatrix. Lilian falou sobre o mundo trouxa e eu fiz o possível para esconder minha curiosidade, mas não pude me controlar precisei fazer algumas perguntas. Doby nos fez companhia a noite toda, nos divertindo e conversando conosco. Me é difícil admitir, mas eu gostei da noite.

Lily e Lupin já haviam dormido e eu aproveitei  para pensar novamente, parece que agora eu sou responsável pela filha de Grindewald. Me pergunto em que merda isso vai me meter e se eu deveria contar para Lorde Voldemort sobre as relíquias da morte. Felizmente o sol nascendo não me permitiu terminar os pensamentos, mesmo eu já sabendo qual seria minha resposta. Eu não poderia, eu não queria dizer para ninguém sobre as relíquias ainda, isso era meu segredo e apenas meu.

Eu finalmente dormi com a porta da enfermaria se abrindo e o barulho de um corpo caindo.

Verde e prataOnde histórias criam vida. Descubra agora