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DAHLIA

Eu e Bela resolvemos jantar no salão comunal hoje, chamamos o resto do grupo para se juntar a nós. Enquanto ela vai buscar os copos, talheres e pratos na cozinha junto com Malfoy e Snape. Eu e Avery, nos responsabilizamos pela comida, vamos pegar a passagem secreta em direção a Hogsmead.

Aparentemente, Salazar Slyterin sempre gostou de segredos e passagens secretas; Ele deixou algumas apenas para os membros de sua casa, o melhor presente de todos, preciso dizer.

No primeiro dia em Hogwarts, depois da seleção das casas, todas as crianças que foram designadas para a sonserina passam por um rito de passagem; Onde recitamos os nossos valores mais importantes e contamos um pouco sobre a história de nossa casa pra os pequenos; E no final de tudo, elas recebem os anéis da casa, cada um com um detalhe de serpente no meio. No quarto ano as passagens secretas são apresentadas, mas se você vinher de uma família importante, talvez possa conhecer as passagens antes dos outros de seu ano.

As passagens só se abrem para aqueles que passaram pelo rito de passagem e possuem o anel, os quais, ás vezes nos dão outros benefícios pelo castelo, como por exemplo: Adentrar qualquer salão comunal sem precisar de senha alguma, entre outros privilégios. Até depois que saímos de Hogwarts, ainda usamos os anéis como forma de lembrança, por mais que eles não funcionem mais depois que terminamos a escola.

—Lareira? —pergunta Avery

—Claro. Vamos rápido, estou com fome . —falo quando Nate abre a passagem próxima a lareira do nosso salão comunal. Orbes de luz amarela e branca se ascendem sobre o enorme corredor da passagem de pedra polida, as paredes com detalhes de fios verdes, um corredor largo, com quadros e imagens datando a história de alguns membros mais conhecidos da casa das cobras. Eles sempre mudam suas imagens, algumas mais antigas e outras atuais; Detalhando a vida daqueles sonserinos que fizeram grandes marcos no mundo, sejam eles coisas boas ou ruins.

—Não precisaríamos ser tão rápidos se você não tivesse parado para tomar banho. —Resmunga Nate atrás de mim. Paro de andar e me viro para ele.

—Eu tava com calor. —Reclamo como uma criança e Nate me abre um lindo sorriso divertido, que me deixa desconcertada. Por que   seus olhos tinham que ser tão lindos? Desvio o olhar para minhas botas, que parecem tão interessantes. Por que eu tenho que ficar nervosa quando o assunto é garotos? Sou uma mulher do caralho, que não aguenta o sorriso de um cara bonito, vá pra merda. Não costumava ligar muito para Nate, mas isso mudou quando tive que começar a ensiná-lo e em vez de um babaca arrogante, ele se mostrou alguém que me fazia rir a todo momento.
Ele era um descarado de primeira quando eu estava vestida como Nix, mas preciso me lembrar que agora eu estou como Dahlia e não Nix.—E não aguentava mais aquele uniforme quente. —acrescento para falar qualquer coisa em meio ao silêncio e ao meu nervosismo, o que não melhora muito a situação.

Avery se aproximava mais de mim, com certeza eu estava vermelha, mas não consigo evitar. Por mais que já tenha ficado com alguns garotos, Noah sempre os afastavam então não tive muitas relações amorosas consistentes. Quando chega bem próximo de mim, Nate sussurra:

—Ás vezes você parece uma criancinha, Dahlia—ele diz e aperta minhas bochechas? É sério? Meus pés ficam estáticos no chão. Nate começa a andar pelo enorme corredor, em direção a vila de bruxos e eu continuo parada, até que finalmente o torpor passa.

—Você apertou minhas bochechas? —indago indignada. Quando foi que eu perdi a moral? Descido me abrir para novas amizades (Bela e Narcisa) e de repente o grupo todo cria intimidade, mesmo que tenha sido algo fora do meu controle.

Verde e prataOnde histórias criam vida. Descubra agora