Verde e prata

26- RELIQUIAS DA MORTE

DAHLIA

Todos os alunos já estavam nos dormitórios, o horário de se recolher já havia passado a muito tempo.
E desde então eu ja experimentei uma quantidade impressionante de roupas.

Jogo o vestido vermelho que eu estava usando no chão. Nada me agradava.

—Garota, você já tá fazendo isso há duas horas. Se decide logo. —Bela diz frustrada, ela já havia desistido de me ajudar.

—Eu preciso estar impecável! —A morena bufa, Narcisa se levanta e começa a encher no meu malão, joga as roupas que não gosta para o lado e procura algo pela imensidão provocada pelo feitiço de expansão.

—Qual impressão você quer passar? —A futura Malfoy pergunta enquanto se encanta com alguns de meus vestidos.

—Poder e elegância. —Estou indo visitar um dos maiores bruxos que já existiram, preciso estar à altura.

—Basicamente todas as suas roupas representam isso, Dahlia.

—Na verdade, irmã... ela faz isso por si só. —Sorrio para Bella.

—Sim, Bela. Mas as roupas ajudam a ressaltar a beleza ou o modo como as pessoas nos vem. É como se fosse o nosso arsenal feminino, nos deixa mais confiantes. —Narcisa diz e segura um vestido em suas mãos como se ele fosse algo sagrado. — Ahhh, Dahlia. Eu ainda vou roubar suas roupas. Veste isso. —Ela traz o vestido até mim com um enorme cuidado. Até eu cuidaria desse vestido como se fosse um tesouro, porque ele realmente é um.

Finalmente coloco o visto e fico maravilhada. Ele é de um verde escuro curto, colado no corpo e as costas são nuas e soltas, sendo cobertas apenas por uma cobra prateada que sobe do cóccix até um pouco abaixo da altura dos ombros. O vestido combina perfeitamente com a minha pulseira de serpente.
Eu estou linda. Prendo meus cabelos em um rabo de cavalo arrumado e coloco os saltos pretos. Estou vestida para uma festa ou...talvez, para dominar o mundo.

— Você está parecendo uma rainha. —Bela me diz maravilhada e eu apenas sorrio novamente. É uma pena ter que colocar um sobretudo por cima, mas como não tenho opção por causa do frio, resolvi colocar um preto.

—Nos avise quando for dominar o mundo. —Narcisa me fala quando eu já estou próxima da porta.

—Faço isso todos os dias. —Pisco um olho para ela.

.......

Numenbarg, a prisão bruxa construída por ordem de Grindewald e hoje em dia, seu lugar de exílio, fica em lugar totalmente escondido e esquecido pelo tempo, não à guardas, mas preciso dizer que foi uma enorme prova de resistência ter que adentrar a prisão sem arruinar o modelito.
A localização já é de um clima congelante , a presença de dementadores não ajuda nem um pouco e a única luz é aquela fornecida pela lua cheia. Subo as escadas até a parte mais alta da prisão, ouvindo apenas o barulho do vento e dos meus saltos sobre o chão. Agradeço por ter passado Blush ao sair, pois se não fosse por isso meu rosto estaria totalmente pálido. Tento esconder ao máximo o terror que eu sinto perto dos guardas da prisão (dementadores), mesmo eles estando do lado do Lorde e eu saber que eles não tocarão em mim, as suas presenças são totalmente incomodas e me arrepiam totalmente. Pois eu sinto medo do vazio que eu sinto quando eles estão próximos, sinto medo do que eu poderia ser caso não tivesse emoções.