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DAHLIA


—Vou ver como Severo está. —Belatrix estrala a língua e se agiliza em direção a maca com cortinas do meu lado direito. Lucius sibila quando ela passa ao seu lado "covarde"

Controlo o tremor que passa pelo meu corpo na intenção de que não percebessem com tanta facilidade. Não pareço ser a única preocupada já que Sirius da dois passos para frente e pergunta para ninguém em específico.

—Onde ele está?

—Não é da sua conta! —Noah responde ríspido. Qualquer descontração que havia antes fui extinguida, principalmente ao se dirigir a Sirius.

—Não fale assim com ele. —Potter tenta defender o amigo, mas eu apenas me preocupo com Régulos.

As amigas de Lilian se aproximam e se põem atrás dos grifinórios como se em apoio ao notarem a tensão entre os grupos.

—Onde está meu irmão? —a voz de Sirius é uma mistura de preocupação e raiva.

"Ele está bem?" Pergunto mentalmente para Noah
"Ele havia ficado preocupado quando você apareceu desmaiada, todos nós. Piorou quando você não acordou e bem...acho que vocês precisam conversar"

—Ele deixou de ser seu irmão no momento em que você o abandonou. —Nate diz com a voz gélida e cortante. Todos nós gostamos muito de Rég, ele é como o bebê ou o mascote do grupo, quem sempre apazigua nossas discussões.

"O que mais Noah?"
"Ele viu sua marca negra e tem evitado a todos desde então, sempre que o vimos ele parece cada vez pior" Fecho meus olhos com força enquanto meu coração palpita desreguladamente. Então Régulos já sabe quem eu sou e está evitando a todos. Será que ele me perdoaria por mentir para ele, quando ele me confessou tantos sonhos e desejos?Mas uma parte de mim fica mais aliviada por saber que ele está bem.

—Você não sabe do que esta falando!

—Já chega! —Narcisa fala impassíva. Trazendo a discursão para ela. Os dois bruxos se calam. — Isso não é da sua conta Sirius, deixou de ser a muito tempo; E, de um jeito ou de outro, Régulos só falará com Dahlia. Agora saia logo daqui.

—Você não manda na enfermaria.

—Ela não, mas eu sim. —A voz de Madame Pomfrey se faz presente na sala e ela anda até mim.— Como está se sentindo, querida?

—Com fome e com sede, mas fora isso estou ótima, somente algumas dores na cabeça. —lhe abro um pequeno sorriso.

—Argh... fiquei muito preocupada quando o senhor Snape e Black a trouxeram desacordada. Principalmente depois de ter visto os machucados dos outros garotos. —Com tantas vindas à enfermaria para visitar Noah, eu e eles acabamos nos afeiçoando muito a Madame Pomfrey.—Ficará de supervisão aqui até amanhã de tarde. E vocês...—ela aponta para todos os presentes na sala que estavam de visitantes.— Fora, agora!

—Mas... —Potter tenta retrucar.

—Sem "mas", todos para fora! —Não foram necessários nem 5 segundos, todos saíram rapidamente da enfermaria. Belatrix que estava atrás das cortinas de Severo, demorou um pouco mais.—Black.—Popy a chama. —O senhor Snape será liberado amanhã pela manhã, precisará de.... provisões.

—Claro, Madame Pomfrey. —Belatrix concorda de forma displicente e continua seu caminho até a saída. Enquanto isso eu rezo para ser liberada logo e poder falar com Régulos.

......

Todas as cortinas haviam sido abertas, exceto a de Severo, eu já havia tentado falar com ele, mas a única coisa que ele me disse foi: " Estou bem! Só quero ficar sozinho"
Eu havia insistido um pouco mais, porém parei quando percebi que ele realmente não queria a companhia de ninguém.

Então só me restaram duas opções, ficar conversando com Evans e Lupin ou fazer nada; Escolhi a segunda opção! Popy não permitiu que eu lesse nenhum livro, pois de acordo com ela só iria aumentar minha dor de cabeça o que eu acho um absurdo. Por isso que agora estou sentada na maca enquanto fico girando a varinha entre meus dedos na intenção de me distrair. Porém, pelo que parece, as pessoas tem o dom de me tirar a paz.

Levanto a cabeça depois de finalmente não aguentar mais de curiosidade e impaciência, Lupin e Evans estavam me encarando já havia 2 minutos, talvez seja pouco tempo, mas pra alguém entediada equivale a eternidade.

—Sei que eu sou linda. Mas preciso perguntar, vocês perderam alguma coisa em mim? — Evans revira os olhos e eu dou um pequeno sorriso ao observar o rosto de Lupin se avermelhar e ele desviar o olhar.

—Só estávamos curiosos. —disse a ruiva. —O que estava fazendo na casa dos gritos e por que nos ajudou? —Penso antes de responder

—Vi você e Severo entrando pela passagem e praguejei com o quão burros vocês poderiam ser por entrar na cova do lobo em plena lua cheia. — A grifana faz uma careta.—E ajudei porque Sev é meu amigo, assim como Sirius. Por mais que a ideia de não ter mais Potter me importunando seja tentadora, não poderia salvar apenas aqueles que me convém. E você, Evans? O que estava fazendo indo na casa dos gritos?

—Ouvi que Potter e Black estavam aprontando com Seve.... Snape, e quis ver qual era a idiotice da vez.

—Se você sabia que eles estavam aprontando por que não avisou à Severo? Tenho certeza que isso evitaria muitos.... danos. —Vejo ela ficar vermelha , provavelmente de vergonha. É claro que ela não avisaria Severo diretamente, não depois da briga em que eles tiveram no 5º ano. Suspiro sabendo que ela não vai me responder. —Como está se sentindo, Lupin? —Pergunto à ele que desde que eu havia começado a falar com a ruiva, vinha tentado evitar me olhar.

—Não consigo me mover sem sentir dor. Ficarei durante um bom tempo sobre supervisão na enfermaria; seu feitiço foi muito forte, ainda consigo sentir como no primeiro dia. —Ele diz baixo como se fosse difícil falar comigo e eu percebo culpa em seu tom de voz.

—Não pedirei desculpas por isso.

—Não espero desculpas suas. Você salvou meus amigos. Eu agi...Eu sou... Eu sou um monstro. Jamais seria capaz de me perdoar se algo mais sério acontecesse, já mal consigo sobreviver comigo mesmo agora. Sinto muito. —Sua voz é falha e embargada, quando ele levanta o rosto para me olhar percebo as lágrimas caindo e sinto mais do que vejo, a enorme tristeza que o domina. Por isso eu o encaro firmemente e espero ele se controlar mais antes de eu falar:

—Já conheci e convivi com muitos monstros, Lupin. E posso garantir, você está longe de se tornar um!

Verde e prataOnde histórias criam vida. Descubra agora