13- detenção

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DAHLIA

Dois dias se passaram. Dois dias que eu não me pronuncio com Noah, dois dias que ele não olha na minha cara e eu faço o mesmo com ele. A noite das garotas foi mais divertida do que eu poderia imaginar. Narcisa fez todas nós fazermos alguma coisa ao cabelo. Bela fez algumas mechas brancas sobre o cabelo escuro como a noite. Eu, pintei alguns pequenos fios de verde, azul e vermelho, muito finos. Narcisa foi a mais radical, todo o seu cabelo, agora tinha o tom em um loiro muito claro

—Eu não acredito que você realmente vai fazer isso, Dahlia. —Bela me acompanha pelo corredor.—Slughorn já disse que você não precisaria ir para a detenção. —Reviro os olhos para o comentário. Desde o desastroso jantar na segunda, Horácio tem estado no pé de Noah, qualquer coisa que o mais novo faz, Slugh dá um jeito de puni-lo com terríveis castigos ; Assim como os fantasmas do castelo, que tem deixado a vida de Flint um terrível inferno, Pirraça nunca esteve tão criativo ou animado com suas pegadinhas e dessa vez havia apenas uma única vítima destinada a elas.

—Mas eu vou. — Tenho feito o máximo para manter minha mente ocupada esses dias. Meu coração está machucado e minha mente não sabe como reagir; Não sei se devo ficar com raiva, magoada, triste, não sei se devo superar.... só estou vivendo um dia de cada vez.

—Você poderia fazer companhia a mim.—  Bela pede com um beicinho nos lábios. Se eu posso agir como uma criança, Belatrix Black pode ser bem pior do que eu.

—Só se você cantar pra mim. —A voz da Black, é simplesmente linda. Mas ela não costuma cantar com frequência, diz que não é uma coisa que alguém puro-sangue deve ser vista fazendo. A sonserina simplesmente me olha com cara de nojo.

—Vai pra detenção garota, melhor coisa que você faz. —dou um beijo na bochecha da Black, que dá uma careta pela demonstração de afeto. "Tchau, B"

Corro em direção a sala de troféus, estranho não ver Fliwt lá para determinar ou melhor... vigiar o que eu devo fazer. Então eu simplesmente pego alguns panos e material para limpeza no armário próximo a sala e começo o meu trabalho, não demora muito e eu ouço uma alguém atrás de mim.

—Já começou? Acho que cheguei atrasado. —Olho na direção ao dono da voz irritante e arrogante. Os cabelos escuros chegam até o ombro. Com o uniforme todo deslocado a blusa amarrotada e a gravata mal feita, Siriús Black abre um enorme sorriso presunçoso em minha direção. —A princesinha da sonserina de detenção? Uau... acho que o mundo vai acabar.

—Não tem nada melhor pra fazer, Black? Tipo, correr atrás do rabo ou algo do tipo. Exatamente como o cão que você é. —Um pouco irônico eu falar isso, já que a alguns dias era Noah que me chamava de cachorrinha,mas fazer o que? Black é literalmente um cachorro.

—Tão doce e delicada, Farwley. Assim eu vou pensar que você não quer minha presença. —coloca a mão no coração e faz uma expressão machucada.

—Pensou em fazer teatro? Você é tão dramático que acho que se daria bem. —jogo um pano molhado em seu rosto. — Já que está aqui, é melhor ajudar. —aponto em direção aos troféus de esportes/quadribol.

—Você continua mandona, pelas barbas de Merlin. —Ele reclama, mas começa a limpar. Até estranho um pouco por Siriús citar um pouco a época em que éramos crianças.

Trabalhamos em silêncio, 30 minutos se passam e eu passo com cuidado o pano sobre um troféu antigo. O troféu de Tom Riddle, faz tempo que eu não vejo o objeto, mais tempo ainda que eu não penso sobre a história por trás dele. E exatamente por não querer me lembrar de nada que envolva os comensais agora, é que eu me abro a falar com Sirius:

—Não quer me azarar? —por sua cara confusa, sei que ele não sabe sobre o que eu estou falando, ou faz que não. —Na sala de poções. Sobre Régulos, sua família...

Não termino o que estava dizendo, pois a cara do Black parece machucada demais para eu poder continuar.

—Tudo o que disse era verdade... —ele diz arrastado e com a voz rouca, enquanto limpa uma prateleira agora vazia.— Eu só não queria admitir.— outra vez o silêncio se faz presente,e novamente, sou arrastada pelos meus pensamentos que poderiam ser considerados masoquistas, mas dessa vez é o Black quem quebra o silêncio. —Gostei do cabelo. —Muda totalmente de assusto.— Mas o meu ainda é mais bonito.—Reviro os olhos. Estava bom de mais para ser verdade.

—O que fez dessa vez, para ficar de detenção?—me sento no chão, já cansada pelo trabalho. Sou uma sedentária as vezes.

—Uma coisa aqui, outra ali. Irritei alguns professores, ouve algumas bombas de bosta pelos corredores, alguns sonserinos com os cabelos vermelhos.... essas coisas. — não posso deixar de rir com o tom casual que Black usa para falar das suas artimanhas. — E você princesa, o que fez?

—Nada. —o grifinório me olha desacreditado, então acrescento— Só queria qualquer coisa para passar o tempo. —Black parece querer dizer que eu sou louca por se próprio intitular uma detenção, mas isso é o melhor remédio que eu posso ter para minha mente agora. Alguns poucos dias de férias.

—Existem coisas melhores para fazer do que limpar troféus. Você poderia participar do clube de duelos ou o coral...ouuu quem sabe.... eu posso passar o tempo com você. —Preciso dizer que a oferta é tentadora. Black é um idiota, mas... talvez não fosse tão ruim conversar com ele. É exatamente de conversas idiotas que eu preciso.

—Não acho que seus amigos iriam gostar muito que você me fizesse companhia. —um sorriso satisfeito se forma nos lábios do garoto quando eu concordo com sua sugestão.

—Eu me entendo com eles depois. Acho que já podemos sair daqui então. —ele larga o pequeno pano que usava no chão. —Amanhã a noite, torre de astronomia. —já na porta da sala, ele fala:—Boa noite, princesa.—contra a minha vontade, um lado dos meus lábios repuxa para cima.

—Boa noite, pulguento. —podia quase jurar que ele não havia ouvido o que eu disse, mas seu sussurro irritado me disse que eu estava errada.

—Não tenho pulgas.

Verde e prataOnde histórias criam vida. Descubra agora