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DAHLIA

—Lamento ter que dizer isso, mas... eu avisei. —Essas são as primeiras palavras que Bela diz ao adentrar o quarto e avistar a irmã chorando em cima da cama. Os cabelos loiros escondendo o rosto.

—Não estou no clima para brincadeiras, Bela. —A loira diz com a voz cortada.

—Não estou brincando, só tô falando a verdade. —Bela se aproxima e abraça a irmã de lado.

Eu fecho a porta do quarto e fico de frente para as duas.

—Qual foi a merda que aquele trasgo fez? A única coisa que ele conseguiu dizer para nós duas foi que você entendeu tudo errado. Eu ia atacar ele, mas Lily não deixou. —Bela me olha seriamente. Enquanto Cissa continua a chorar, mas agora mais silenciosamente.

—Eu vi ele se agarrando com uma garota da grifinória na sala em que eu e ele costumamos nos encontrar.—A loira diz tentando limpar as lágrimas.— Eu realmente gostava dele.

—Você devia escutar ele, Malfoy é idiota, mas não é burro a ponto de ficar com uma garota em um lugar que você poderia facilmente flagrar eles.

—Você ta defendendo ele? —Bela pergunta indignada, mas Cissa parece entender o que eu quero dizer.

—Eu havia recebido um bilhete dele para nos encontrarmos lá. Realmente não faria sentido ele ficar com a garota quando sabia que eu ia encontrar ele. —Cissa nos fala. Bela parece começar a entender.

—Merda. Queria mesmo dar uma lição no Malfoy. —Bela suspira

—E quem disse que não pode fazer isso? Mas porque não juntar o útil ao agradável?

—O que você sugere? —Narcisa me pergunta interessada.

—Bela, que tal nós usarmos aquelas suas ideias que conversamos mais cedo?

—Seria meu presente de aniversário. —Damos um sorriso cúmplice.

Fiquei até ofendida por Bela achar que eu deixaria o Malfoy em sair em pune. Ele pode até não ter tido 100% de culpa, mas não falou para Cissa sobre o antigo relacionamento dele com Lavander; Isso já foi um tipo de traição e ironicamente eu odeio traidores.

.......
Dia seguinte

Ainda era 7:30 da manhã, já havia meia hora que eu era encarada e recebia olhares de nojos dos grifinórios que passavam por mim. E havia aqueles que iam tirar satisfação comigo de como eu entrei naquele lugar. Agora era a vez de Marlene Mcnon. Já disse que eu adoro irritar essa garota? Desde o terceiro ano criamos uma pequena rixa por causa do quadribol, não lembro direito sobre o que era, só sei que eu não estava no meu melhor humor e quando fui ver eu estava trocando farpas com a garota e seja lá o que eu disse eu juro que era possível ver fumaça da cabeça daquela menina.

—Você não tem o direito de entrar aqui. Víboras não são permitidas aqui. —Ela fala comigo enquanto eu olho minhas unhas de forma entediada.

—Prefiro basiliscos, mas então já acabou a ceninha? Tenho mais o que fazer. —Permaneço sem falar com ela. Dos grifinórios que acordavam, alguns preferiam ficar no salão comunal para poder ver a cena que Marlene insistia em fazer. Minha indiferença só a irritava mais, o que deixava tudo mais divertido.

Verde e prataOnde histórias criam vida. Descubra agora