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DAHLIA

Me sinto uma merda, a pessoa que eu mais amo no mundo me falou coisas terríveis. E como isso dói. Fomos criados juntos desde que nascemos, crescemos juntos e descobrimos o mundo um ao lado do outro. Em meio a todo esse tempo, foram poucas às vezes que falei que o amava; depois que a mãe dele morreu, Noah não se acha que merece o amor de alguém, sempre que eu tentava dizer que ele estava equivocado, ele se afastava com palavras ruins ou me ignorando. Mas ele nunca falou nada como hoje, nunca tocou no assunto do meu pai, nunca gritou comigo daquele jeito. E doeu, não só as palavras ditas, mas doeu por ser ele quem as proferiu.

Os corredores parecem tão pequenos e o ar mais quente do que deveria ser. Eu estou quase correndo, subo as escadas antes que se movam. Uma voz  cansada atrás de mim me faz parar.

—Dahlia, um minuto. — Horácio Slugh se pronuncia, enquanto tenta puxar o ar para os pulmões, exatamente o que está sendo difícil para eu fazer. —Estou lhe chamando há dois andares. Fliwt me falou sobre as bombas de bosta, sei que você não fez aquilo, mas ele está irredutível....

—Eu cumpro a detenção, não tem problema. —Não tenho forças para discutir ou fazer qualquer coisa agora, então continuo sem olhar para ele. O único professor que eu realmente gosto.

—Mas.... querida você está bem? — finalmente me viro um pouco, somente para deixar um sussurro sair de mim.

—Não, mas vou ficar. Quando é a detenção, professor? —Preocupação verdadeira toma conta de Slughonr

—Você não precisa.... — ele parece hesitar al ver o meu rosto. "Por favor, só me dê qualquer coisa para ocupar o tempo pelos próximos dias — A sala de troféus, faz tempo que ninguém limpa lá. —Concordo com a cabeça.  —Estou aqui, Dahlia. Sempre considerei você como mais que uma aluna... uma neta talvez. Você tem um futuro brilhante pela frente, não importa que caminho que decida seguir. Não permita que ninguém a machuque ou a impeça de conquistar o que realmente deseja. Não tenha medo, garota. Lhe apoiarei sempre que puder. —Não consigo entender tudo que ele diz, ainda não. Slugh sempre me deu conselhos sábios e parecia me enxergar de um jeito que nem eu me via.

—Obrigada, Luly. —agradeço com o apelido que minha mãe costumava o chamar quando o tinha como professor ou quando ele vai visitá-la em nossos jantares em casa.

Volto a andar novamente, para o único lugar que agora pode me fornecer o mínimo de conforto nesse castelo.

RÉGULOS BLACK

Estava no salão principal, já era de noite e a maioria dos estudantes já estavam aqui para o jantar. Continuo a bater os dedos na mesa, olhando a cada 5 segundos para a porta do salão.

—Você já está me dando nos nervos, Régulos. Pare de bater esses dedos. —Chia Belatrix, o que me faz revirar os olhos.

Soube o que aconteceu na aula de DCAT dos garotos hoje, não sei exatamente o que Noah e Lia conversaram. Mas desde depois da aula, nenhuma das garotas viram ela, que ainda não apareceu para comer. Sei que tem alguma coisa errada. Flint não falou nada até agora, qualquer um que se dirigiu a palavra com ele, recebeu um olhar mortal do mesmo.

—Onde está Lola? —finalmente pergunto o que tanto vem me correndo nessas últimas horas. Nate parece suspirar aliviado com a pergunta, como se ele mesmo quisesse fazê-la, mas não tivera coragem.

—Deve só ter se atrasado um pouco, jajá ele chega. —Malfoy responde. Mas acho que ele é o único que realmente pensa assim. E algo que confirma minhas suspeitas é o olhar de repreensão que o professor de poções se dirige a Flint.

Verde e prataOnde histórias criam vida. Descubra agora