Verde e prata

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DAHLIA

Quando voltei para o salão comunal ontem à noite, eu estava com o humor péssimo. Não me dei o trabalho de falar com ninguém só segui em passos duros em direção ao meu dormitório. Quando as meninas subiram para dormir, ninguém falou nada, foi melhor assim.

Tenho raiva das sensações que senti perto daquele cão sarnento. Ele é um traidor de sangue e ainda por cima é da grifinória, eu não deveria estar deixando ele se aproximar de mim dessa forma. Não deveria estar me tornando amiga dele. Mas é inevitável, eu gostei da companhia dele, quando estou perto de Sirius me esqueço totalmente dos problemas ao meu redor e me concentro em apenas achar palavras para provocá-lo. Mas então me lembro dos meus sentimentos confusos por Nate e tudo fica ainda mais complicado.

Hoje pela manhã, estava tudo normal. Nenhum de nós falou sobre o acontecimento do jantar, até Severo ficou quieto sobre o assunto. Resolvi passar mais tempo com eles hoje e descansar um pouco sobre o assunto Grindledore, um péssimo Shipper que eu criei para grindewald e Dumbledore, que são um dos bruxos mais poderosos que já existem, mas eu sou péssima para nomes.

Mas resumindo, descobri algumas coisas bem interessantes, como por exemplo: quem é a tia de Grindewald e qual foi realmente a motivação por traz do movimento do mesmo.

Narcisa quase não vem passando seu tempo conosco, ela fica a maior parte de seu dia ao lado do noivo, Lucius. Nunca me dei muito bem com aquele garoto e, se ele machucar Cissa, Abraxas possivelmente precisará de um novo herdeiro.

Agora, eu e bela estamos deitadas perto de uma árvore próximo ao lago negro somente aproveitando a companhia uma da outra e olhando o céu acima de nós.

—Por que está falando com Sirius? -- solto um suspiro com sua pergunta, parece que eu havia me precipitado.

--É só um acor...--A garota me corta antes que eu possa continuar com a minha enrrolação.

--Não minta para mim ,Dahlia. Sei que não é somente um acordo. --Infelizmente ela está certa,-- Sem segredos entre a gente, pode ser?--Concordo frustrada.

--Ok. Sem segredos entre nós. —Respiro fundo mais uma vez.--Sirius se comprometeu em me ensinar o Patrono. E eu não sei ao certo porque aceitei, nunca vou conseguir executar o feitiço mesmo.--Confesso para ela, sem me importar como que pode vir a pensar.

—E por que você não poderia? Você é a Bruxa mais incrível que eu conheço. —Viro minha cabeça em sua direção e lhe dou um pequeno sorriso, mas Bela continua a encarar o céu.

—O patrono é um feitiço puro de magia. Nenhum bruxo corrompido pelas trevas poderia executa-lo—falo dramaticamente.—Não importa o quanto de memórias felizes eu tenha, é impossível.

--Então por que aceitou as aulas? --Pergunta ainda observando as nuvens e suas diversas formas. Como posso responder algo para Bela quando nem eu mesma sei a resposta?

--Como eu já disse. Eu não sei. --Minha voz sai mais desesperada e frustrada do que eu gostaria.

—Você está diferente. —Bela finalmente olha para mim, agora nós duas estamos deitadas de lado olhando nos olhos uma da outra.—Antes eu sempre te via com a cabeça erguida, foda-se para a opinião dos outros, eu te via como uma inspiração. Ainda te vejo assim, mas... você não parece bem. —Fecho os olhos por um momento, realmente não venho agindo ou me sentido como antes. Talvez eu realmente não esteja bem, só não queria admitir. Mas ter Bela falando exatamente o que eu sinto é como se fosse uma confirmação de algo que eu venho fechado os meus olhos. Tantas coisas aconteceram comigo essas ultimas semanas e eu guardei tudo para mim, deixava todos os pensamentos e sentimentos confusos para escanteio e agora eu estou totalmente bagunçada. Abro novamente os olhos e encaro Bela enquanto digo tudo que estava entalado.