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DAHLIA

Assim que saio do salão comunal, os alunos já estão voltando de suas aulas, encontro Severo na porta da sala de Minerva.

—Entreguei seu trabalho. Disse para Macgonogal que você estava passando mal.—Caminhamos juntos em direção a biblioteca.

—Obrigada, sev. —Ele leva um susto com a minha fala.

—Sev? —ele parece realmente assustado.

—Sim. Sev. Amigos tem apelidos. E você é meu amigo.—digo como se estivesse explicando algo para uma criança o que faz ele revirar os olhos.

—Certo. Certo. Só tomei um susto porque... bem— ele exita em continuar— era assim que Lily costumava me chamar— ele me confessa desconfortável ao falar de Lilian Evans, a grifinoria que já foi melhor amiga de Severo e pela qual ele sempre foi apaixonado em segredo, mas eles brigaram no 6º ano e não se falam desde então, por mais que ele tente.

—Você devia pedir desculpas para ela.—falo em voz baixa quando entramos na biblioteca.

—Já tentei, mas não adianta.— com a tentativa de mudar de assunto, severo  me entrega um pergaminho.— Fiz anotações da aula de  hoje. Aliás, onde você tava?

Agora sou eu que estou desconfortável e desconverso.

—Estava só pesquisando algumas coisas. —Graças a Morgana, Severo não faz mais perguntas. Então eu pego um pergaminho em branco e começo a escrever, preciso que alguns 'amigos' falem com Bathilda Bagshot, a tia de Grindewald.

......

—Vamos logo, Sev. Largue esse livro, depois você termina sua pesquisa. —Peço para o garoto na minha frente. Já havia duas horas que estávamos na biblioteca. E meia-hora que tento fracassádamente tirá-lo de lá.

—Eu já estou acabando, Lia.

—Você disse isso nas últimas 3 vezes que eu lhe chamei, vamos logo.— O puxo pelo braço e ele me segue resmungando ao meu lado. Fazemos uma longa caminhada até nosso salão comunal com Severo ainda falando besteira.

—Pare de reclamar, Sev. —ralho com quando chegamos perto da gárgula do salão comunal. Bela está de frente para ela, nos esperando para entrar.

—Vai me dizer por que faltou a aula hoje? — ela pergunta assim que a alcançamos enquanto a gárgula abre passagem para nós.

Antes que eu posso falar algo, fico surpresa com a imagem que eu vejo é preciso me controlar para não rir.
Malfoy, ou melhor, eu acho que essa pessoa é o Malfoy, está com o rosto totalmente deformado. Cheio de cicatrizes, inchado e com marcas roxas e vermelhas. Ele está terrível.
Toda os sonserinos parecem segurar a risada, até Nate que está próximo a Lucius tentando o acalmar, parece prender o riso e Régulos, sentado no sofá tem um sorriso enorme no rosto.

Felizmente, Bela, assim como eu , não segura a risada. Nós duas gargalhamos muito, Severo ao nosso lado parece querer costurar nossas bocas.

—ISSO NÃO TEM GRAÇA— Quando Lucius grita conosco, sua voz sai cortada e estranha, parece um trasgo bebê rugindo. Nada bonito.
Eu e Bela rimos ainda mais alto. Dessa vez, Nate e Régulos nos acompanham, até Sev tem uma recaída e ri conosco. Os outros sonserinos no salão parecem correr do lugar para rirem sem sofrerem as consequências depois. —ARGH —Malfoy grunhi como um monstro. Bela tem lágrimas saindo pelos olhos, minha respiração está difícil de regular.

Verde e prataOnde histórias criam vida. Descubra agora