Narrado por Arlequina
O meu Coringa assegurou que deixará Belle, segura na escola. Ele contratará um segurança exclusivamente para mantê-la segura.O que pude fazer foi agradecer, abraçando-o com toda minha felicidade. Ele não sabe o quão feliz eu estou com a notícia de que Belle poderá estudar.
Fui ao quarto dela, garantir que ela soubesse por mim.
Ela me olhou um pouco sem ânimo. Quando viu que eu não iria me retirar, ela revirou os olhos e parou de folhear uma das revistas que estava olhando.
— O que você quer? — Questionou mal-humorada.
— Tenho algo para lhe contar.
— Pois conte logo, e se retire.
— Belle, você ainda está zangada comigo? — Perguntei magoada.
— Lógico. Acha que tudo se resolve da noite pro dia? — Ela me lançou um olhar zangado. — Comigo funciona diferente.
— Você é tão doce. Não vejo como pode estar desta maneira comigo.
— Mamãe. — Falou em tom de deboche. — Eu apenas trato com carinho quem eu vejo que merece, pelo contrário, quem gosta de matança e violência, eu trato com arrogância.
— Querida, eu não sou essa pessoa tão má como pensa que sou. — Segurei as lágrimas. — Deixe-me mostrar que posso ser uma pessoa boa.
— Eu não quero que me prove nada. Não preciso de migalhas de uma mãe, assassina. — Resmungou. — Mas já que está aqui. Diga o que quer dizer.
— Tenho uma novidade. — A olhei com expectativa. — Você irá voltar para a escola.
Ela me olhou como se aquilo fosse a pior coisa dita por alguém, e cruzou os braços.
— Esta de brincadeira. Eu espero. — Murmurou.
— Não quer rever seus amigos? — Perguntei.
— Que amigos? — Semicerrou os olhos e resmungou: — Os únicos amigos que já tive foram Caroline e Thomas, mas eles deixaram de ser meus amigos quando me trocaram pela Louise, na sétima série.
Eu não acreditava que Belle fosse tão sozinha, desse jeito. Sem no mínimo ter uma amiga. Mas eu a entendia, pois nunca pude ter amigos de verdade, sempre me decepcionei. Tive que confiar mais em mim do que nos outros, até conhecer o Coringa.
Ele era a loucura, o fogo ardente que faltava em mim. Eu era jovem, e louca por aventuras, apesar de que na minha juventude vive tão pouco dos meus sonhos. Eu era louca por dentro, mas foi o meu Pudinzinho que me libertou.
Mesmo tendo o Coringa, ou talvez parte dele, eu sempre me senti sozinha. Eu enfrentava vários medos, quando ele estava bêbado dormindo, e ele não ouvia os meus gritos após acordar de pesadelos intensos.
Todos somos sozinhos. Somos um só, e somente você pode lutar por você ou contra você. Só eu sei das minhas ansiedades, dos meus medos e segredos. Sou eu, por eu mesma.
— Sinto muito. — Sussurrei. — É por isso que não se deve confiar em ninguém. Mas mesmo assim, espero que queira ir para a escola.
— Ah, eu vou sim. Não precisa se preocupar. Hoje em dia a maioria dos filhos não pode decidir se quer ir ou não para a escola. Porém, é de cada um, saber se quer ir aprender, ou só somar mais um na turma. — Ela sorriu ironicamente. — Eu amarei, dormir escutando músicas no fone, enquanto os professores passam as matérias.
***
Coringa, conseguiu o segurança. Um tal de Adam. Um rapaz bonito, mas bem na dele. Cara fechada, pouca conversa.
— Você é surdo, garoto? — Berrei.
— Ele não gosta de falar muito. — Coringa retrucou.
— Mas espero que ele tenha entendido que deve cuidar muito bem da minha Belle. Se não eu mesma acabo com ele. — Sorri amargamente para ele.
Ele apenas acenou. Colocando o óculos escuros e ficando novamente quieto, sem mover um músculo.
E quando Belle apareceu para ir para a escola. Ela levou um susto ao ver seu segurança, que estava disfarçado de motorista.
— Este é o Adam. — Meu Joker falou, ele encarou Belle. — Ele tem a tarefa de te levar e buscar na hora exata.
— Não preciso de babá. — Belle respondeu com raiva.
— Acontece que se quiser estudar ou ir à outros lugares, sempre deverá ir acompanhada dele.
— Ok. — Ela respirou fundo.
— Oi Adam. — Ouvi ela dizer quando entraram no carro, e ela se sentou perto dele.
Ele tirou o óculos por um momento, e sussurrou:
— Olá senhorita Quinzel.
Este era meu sobrenome, embora ninguém me chame assim mais.
O rapaz olhou por um momento para mim, e Belle seguiu seu olhar.
— Então esse seria meu sobrenome?
Ninguém disse nada. O Coringa murmurou para que Adam partisse. Mas antes consegui dar um abraço em Belle, que acabou me abraçando. Ela parecia implorar para que eu não deixasse ela ir para a escola.
Mas nada pude fazer.
Continua... Vote e comente se esta gostando.
E aí confiam no Adam?
Bjs
Este é o primeiro capítulo em 2021 😲 estou fazendo o possível para publicar novos capítulos sem demorar muito.
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A Filha da Arlequina
FanfictionQuando Arlequina acidentalmente encontra uma bebê numa lixeira, ela pensa em duas hipóteses: deixar a criança para alguém achá-la, ou pegar e cuidar da pequena e frágil bebê. E a segunda opção vence. Mas será que o Coringa aceitará numa boa? E ela s...