Capítulo 12

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Depois das aulas, Adam já estava me esperando no carro. Entrei sem dizer nem uma palavra. Apenas joguei a mochila no banco de trás e liguei o ar condicionado do carro.

Ele franziu os olhos e partiu com o carro.

Quando chegamos em casa, o Coringa estava com um sorriso enorme nos lábios. Mas não parecia ser por minha causa, e sim por Adam. Ele sussurrou algo para ele e o arrastou para seu "escritório ".

Fui direto pra cozinha, onde minha mãe estava sentada tomando café em sua xícara.

— Oi meu amor, como foi seu dia? — Ela perguntou.

— Oi. Foi normal como sempre. Sem nenhuma emoção. Apenas as mesmas coisas monótonas.

— Hum. E as aulas curtiu?

— Na real, mãe. Eu odeio a escola. Se eu pudesse jamais voltaria lá. Odeio aquele bando de garotos que só sabem fofocar da vida alheia.

— Ah! Minha mocinha está furiosa com eles, é? Que tal se dessemos uma festinha? A gente poderia se vingar deles para você, o que me diz?

— Tá louca, mãe?! — Pergunto alarmada. — Apesar de que não é uma má ideia.

— Ha ha ha. Então faz o seguinte, faça os convites. Vou preparar uma surpresinha para os seus amiguinhos. — Ela abre um sorriso pervertido.

Confesso que fiquei com um pouco de medo do que a dona Harlen esta aprontando, mas o que posso fazer é dar uma chance a ela, de tentar ser legal pelo menos uma vez na vida, comigo.

À tarde chamei o Adam para sair comigo, a gente foi no shopping comprar algumas coisas, aproveitei o cartão de crédito ilimitado da minha mãe e comprei várias roupas. O Adam se ferrou para carregar as inúmeras sacolas de compra.

— Quer tomar um sorvete? — Perguntei a ele que estava calado o tempo todo.

— Aí, tá calor demais, eu aceito. — Ele sussurrou.

Sentamos na pracinha e tomamos o sorvete enquanto ele me contava sobre umas histórias malucas de quando ele era mais novo, confesso que não acreditei em nem uma.

— Você já viveu isso tudo? E é tão jovem?

— Não se engane princesa, eu já tenho 22 anos.

— Ainda é jovem. E não me chame de princesa.

— Por que não? Você é a princesa do crime, seus pais são como reis em Gotham. — Ele afirmou enquanto lambuzou a ponta do meu nariz com um pouco do sorvete de morango.

— Ei, não me lambuze disso. Ou...

— Ou o quê, princesa? Vai me bater?

— Se me irritar vai ver. — Ameaço.

Ele cai na gargalhada e depois de um tempo voltamos às compras.

Continua...

A Filha da ArlequinaOnde histórias criam vida. Descubra agora