O estranho homem, não para de me encarar. Enquanto eu estou amedrontada.
— O que você quer de mim? — Perguntei encarando o homem de cabelos verdes, o mesmo esbanjava um sorriso macabro ao mesmo tempo em que seus olhos enigmáticos analisava uma arma.
— Só quero me livrar de você querida. Passei anos procurando a porra da criança que deixou a minha Harley boazinha, ela atualmente não tem coragem de roubar as crianças, e olha que ela tirava doce delas sem piedade.
Olho ao redor do lugar, as paredes estão impregnadas de tintas misturadas e uma porção de coisas que parecem não serem usadas, estão amontoadas. Um verdadeiro lugar medonho e fedorento.
— Por favor, eu só estou nessas bandas por que procuro minha mãe. Deixe-me ir.
— Será que você não entende que é você a merda que passei anos, procurando?
— O quê? Não pode ser... Você é meu pai?
— Não use essa palavra! — Ele se exalta. — Eu não sou a porra do seu pai, sua criatura.
Eu não sei o porquê mas eu acabo chorando, enquanto ele coloca uma arma sob minha cabeça, prestes a puxar o gatilho.
Mentalmente eu me despeço da minha vida. Mas é quando estou nessa meditação que ouço um baque do meu lado. Abro os olhos lentamente, enquanto vejo o homem estranho caído. Olho ao redor, e parada com um taco de basebol, está uma linda e intrigante mulher de cabelos coloridos. Eu não pude conter um sorriso. Eu senti que era ela, a minha mãe.
Eu acabei sorrindo pra ela, a mesma me olhou, confusa. Quando eu ia abrir a boca e dizer algo, senti algo forte entrando no meu nariz. Era um gás verde.
A mulher que supostamente é a minha mãe, recriminou o homem de cabelos verdes.
Mas eu já não faço mais ideia do que estão conversando, pois só quero rir, acho isso tão sem noção. Porém, algo faz com que eu gargalhe feito uma maluca.
E entre risadas, vejo o olhar medonho do homem, ele aponta para o capanga, que me joga nas costas e me leva para um corredor largo, ele abre uma porta e me joga, como se eu fosse um objeto.
E aqui sozinha, mesmo rindo como estou, posso pensar em tudo que está ocorrendo. Sobre o quão louco, o meu suposto pai, é. E sobre como a minha mãe é linda.
*
Jogaram um balde de água em mim.— Ei, seu idiota! — Resmungo.
Quando olho é a mulher de cabelos coloridos.
— Esse é o único jeito que eu achei para te despertar, lindinha.
— Não acho isso certo.
— Não precisa achar. — Ela diz enquanto analisa meu rosto. — Você está com um hematoma.
— Aquele cara me jogou aqui de qualquer jeito.
— Ele trabalha pro meu Pudinzinho.
— Seu o quê? — Perguntei confusa.
— Meu Pudinzinho, é o apelido do meu homem.
— Seu "homem" é muito estranho.
— Ele só não gostou de te ver por essas bandas. Afinal, você não deveria estar aqui.
— Eu só estou procurando a minha mãe.
— Cá entre nós, mocinha. O meu Coringa, me contou sobre você. É coincidência demais tudo isso. Sei que seu nome é Belle, e eu tenho uma filha com o mesmo nome. Eu sinto que é você.
— Eu também sinto. — Confessei.
— É por isso que não devia estar aqui.
— Mas mãe!
— Olha, sua mãe é a Mary. Aposto que ela cuidou muito bem de você.
— Acontece que agora ela está muito doente, ela teve que ir para outra cidade fazer um tratamento, e pediu que eu te procurasse.
— Como assim? — Ela fica pasma. — Nossa, tomara que ela fique bem logo. Mas e você, está mesmo sozinha?
— Sim. Por isto estou aqui. Por favor, me ajude. Deixe-me ficar ao seu lado, te conhecer melhor. Sei que o meu pai não me quis antes, mas e se ele mudar de ideia.
— Não diga essas coisas, querida. Se eu fiz tudo aquilo foi pra te proteger, não só dele, mas de mim também. — Ela murmura, em seguida toca meu rosto. — Acredite, você vive melhor sem a nossa presença.
— Calma docinho. — Ouço a voz do meu "pai" se é que posso chamá-lo assim. — Vamos acolher esta jovem, pelo menos até eu ter uma estratégia que seja favorável a todos.
A minha mãe o olha, assutada.
Sinto que não será nada fácil eu lutar por minha família, mas eu preciso permanecer e descobrir o que se passa aqui.
Desculpe pela demora e pelo sumiço. Voltei e pretendo postar bastante. Bjs até amanhã.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Filha da Arlequina
FanfictionQuando Arlequina acidentalmente encontra uma bebê numa lixeira, ela pensa em duas hipóteses: deixar a criança para alguém achá-la, ou pegar e cuidar da pequena e frágil bebê. E a segunda opção vence. Mas será que o Coringa aceitará numa boa? E ela s...