Aqueles olhinhos brilhando ao me ver, ha ha ha, não tinha como deixá-la lá sozinha. Suas bochechas rosadas eram tão meigas que eu queria aperta-las e mordê-las, mas só por fofura mesmo.
Mas ter que ouvir o sermão do meu Pudinzinho foi difícil. Ele fez um discurso todo sobre como crianças são irritantes e choronas, sem mencionar as fraldas. Eu tive que insistir muito para ele me deixar ficar com a baby.
— Você trocará as fraldas dessa monstrinha. — O meu Coringa tocou na bebê como se ela fosse uma coisa qualquer, fazendo-a chorar.
— Vai machucá-la. — Sussurrei.
Mas ele deu de ombros, segurando no queixo da criança.
— Ei, cuidado! Vai acabar ferindo ela, Pudinzinho. — Insisti. — Preciso arranjar um nome para ela, acho que Belle, pois ela é muito bela.
— Tanto faz. Por mim, eu continuaria a chamando de mostrinha. — Serviu Whisky num copo e o bebeu rapidamente. — Vamos ver se você leva jeito para ser mãe.
O encarei, um pouco magoada.
Peguei a bebê do berço e a segurei com todo o cuidado, acariciei seus cabelinhos e beijei-lhe a testa.
— Minha Belle. — Falei com um sorriso largo nos lábios.
Coloquei Belle no berço, pois ela já dormia tranquilamente.
Desci para o andar de baixo e vi meu Pudinzinho se arrumando.
— Vai sair? — Toquei seu peitoral sob a camisa roxa.
— Vou dar uma volta. — Seus dedos tocaram meu pescoço o acariciando, ele levou os lábios até minha nuca e a sugou. Enquanto seus dedos pervertidos, exploravam minhas costas e o resto do meu corpo.
— Minha palhaça quer ver o circo pegando fogo? — Seus olhos viam através do meu corpo. Sua voz inebriante me fez pender para trás, ele me segurou firmemente em seus braços. — Isso é um sim?
Assenti. Seus lábios tomaram os meus com precisão, as línguas pareciam travar uma batalha. Paramos pela falta do ar.
Terminamos nosso espetáculo ali mesmo, na sala de estar. Vestimos nossas roupas, as mesmas estavam espalhadas pela sala.
— Agora, vou sair. Fique bem meu docinho. — Ele beijou a ponta do meu nariz, e apertou minhas bochechas. — Volto de madrugada.
— Vai demorar tanto meu pudinzinho?
— Você poderia vir comigo, mas preferiu ficar com a fedelha.
— Não a trate assim. — Choraminguei. — O nome dela é Belle.
— Ah minha querida, nomes não fazem a diferença. — Apertou meu corpo contra o dele. — Fique torcendo por mim. Vou jogar.
— Roubar. — O corrigi. — Tenho dó de quem frequenta o Cassino.
Gargalhamos juntos.
Meu Coringa saiu pela porta, deixando-me sozinha com a minha pequena Belle.
Subi para o quarto e a vejo, dormindo seu soninho, ela tem um rosto tão angelical e uma boquinha tão rosinha. Eu babo nessa bebê linda.
Tomo um banho na banheira, enxugo-me na toalha e visto minha roupa de sempre. Meus cabelos dividos em duas mechas coloridas, presos um de cada lado.
Ouço um choro. Corro para o quarto da minha bebê e a encontro com os olhinhos cheios de lágrimas.
— Oh minha baby, o que houve? — Pergunto sabendo que ela nada responderá. — Será que ela quer mamar?
Olho para meus seios cobertos pela roupa, lógico que não tenho leite. Sou tonta mesmo ha ha ha. Decido fazer uma mamadeira, acho uma nas coisas que eu pedi que meu Pudinzinho trouxesse.
Seguro na bebê, e coloco a mamadeira na sua boca, ela suga o leite bem devagar. Me dá um sono ver ela ali, tão lenta para beber um leite.
No fim ela bebeu todo o leite, e ainda bem que aprendi que os bebês precisam arrotar antes de dormir. Ela arrotou e adormeceu nos meus braços. A deitei novamente no berço e fiquei ao lado, velando seu sono.
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A Filha da Arlequina
FanfictionQuando Arlequina acidentalmente encontra uma bebê numa lixeira, ela pensa em duas hipóteses: deixar a criança para alguém achá-la, ou pegar e cuidar da pequena e frágil bebê. E a segunda opção vence. Mas será que o Coringa aceitará numa boa? E ela s...