Capítulo 16

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Juliana

Assim que retornei para o apartamento observei as afeições de Sofia e Luan, não estavam agradáveis, alguma coisa parecia ter acontecido, pois os dois nem notaram minha presença.

– Algum bicho deve ter mordido ele! – disse Sofia em alguma especulação.

– Pelo visto é melhor evitar contato com ele hoje! – afirmou Luan.

Não quis parecer intrometida, passei despercebida indo diretamente para o quarto e tomar um longo banho, pois o suor escorria em meu pescoço, estava desesperada para tirar toda essa transpiração. Assim que entrei no corredor vi Cloe saindo do quarto ao qual estava instalada rindo, alguma coisa estava divertida demais para que seus dentes brancos aparecessem naquele momento. Ao menos mostrava o inverso de Sofia e Luan que se encontravam pensativos. Cloe acenou para mim assim que seus olhos me enxergaram, dei a ela o meu melhor sorriso abrindo a porta do quarto.

Quando me dei conta do que estava diante de mim, estagnei. Meu sorriso simplesmente murchou enquanto os meus olhos fixavam naquela exuberante visão. Encarei minuciosamente Rafael apenas de toalha, com o seu incrível peitoral malhado amostra, estava tão excitante que conseguia ver as gotas d'águas ainda deslizando em sua pele, em seus perfeitos gominhos no abdômen.

Engoli a seco tentando buscar o ar, mas foi em vão. Meus pensamentos começaram a se difundir em dois dilemas, onde um era me afundar ainda mais naquele monumento ou em simplesmente recuar para bem longe de qualquer problema.

– Vai ficar para aí me encarando? – ele sorriu.

– Eu... Eu... – comecei a gaguejar, sem ter o que dizer ainda impactada com aquela imagem, realmente me encontrava congelada.

–Está gostando do que vê?

Encarei seus olhos sapeca naquele momento, um sorrisinho de canto em seus lábios. Naquele momento dei-me conta de que era muito errado, principalmente por Rafael acreditar que o secava. A verdade era isso, o desejava, mas em hipótese alguma seguiria com os meus pensamentos insanos adiante.

– Você é um idiota! Desculpe ficar parada assim, mas não achei que estaria aqui, muito menos nesse estado. – apontei para a sua pessoa um pouco irritada.

– Eu estou aqui, não sei se lembra, mas o quarto ao qual você está instalada é o meu! – aquele tom ríspido saiu ferindo qualquer sentimento bom que ele havia me mostrado.

Não compreendia como Rafael conseguia mostrar duas faces da moeda, às vezes acreditava que o mesmo era bipolar, pois não era possível ter duas identidades totalmente extintas. Uma hora a gentileza e doçura vinham como uma força desconhecida, outra vez a arrogância o consumia invadido tudo de bom que ele possuía dentro de si.

– Você não sabe trancar a porta? Até onde lembro isso aqui é uma república ao qual existe um entra e sai de várias pessoas. E se estivesse nu? – fechei a porta atrás de mim.

– Eu não tenho costume de sair nu do banheiro! – ele me encarou.

– Mesmo assim, você poderia ter um pingo de noção e respeito!

Despejei os patins, próximo à cama ao qual durmo. Peguei a toalha entrando diretamente para o banheiro sem deixa-lo dizer qualquer coisa aos meus ouvidos. Sem demora sai do banho observando que Rafael havia ido embora. Estava apenas de toalha, pois a minha pequena discussão diária com o amigo chato do meu irmão não me deixou pegar uma roupa para trocar, então precisava fazer isso dentro do quarto e como o mesmo havia ido, o quarto era exclusivamente meu. No entanto, a porta se abriu me causando um frio na barriga e deixando as minhas pernas trêmulas pensando em ser Rafael.

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