Juliana
O dia havia iniciado diferente, especialmente por quase praticar na noite anterior uma loucura na varanda ao lado de Rafael. Em hipótese alguma merecia praticar tamanha façanha, principalmente com ele que não demonstrava pra mim apenas a rigidez de um homem, porem, também me mostrava uma pessoa marcada negativamente pela vida. Por isso, exercer o meu hobby me ajudaria a tirar os conflitos que a minha mente tem se aterrorizado.
O ar puro, o calor do Sol me fazia de certa forma esquecer os problemas, mas de longe a presença daquele homem que aos poucos confundia o meu coração. Fiquei horas tentando deixar os pensamentos se dissiparem, mas por alguma razão eles não pareciam querer evaporar de mim. Então decidi por fim retornar ao apartamento, quando entrei pela portaria do prédio encontrei com Lize e Mason, ele finalmente veio buscar a filha.
– Tia Juh!!! – Lize correu em minha direção dando um belo pulo em meus braços.
– Oi pequena! – sorri encarando sem graça Mason que me observava atentamente.
– Não queria ir embora sem me despedir de você! – ela sorriu enquanto a colocava novamente no chão.
– Eu não esperaria menos de você! – sorri. – Que bom que conseguiu se despedir! – conclui.
– Não queria ir, mas sou criança e eu sou obrigada a obedecer... – ela não continuou por ver a afeição de seu pai, mas seu tom de voz demonstrava muita chateação.
– Eu imagino meu bem! – dei uma risadinha. – Senhor Mason como está? – perguntei finalmente o encarando.
– Estou bem! E muito obrigado novamente por ficar com Lize. Ela te amou pelo visto.
– O senhor precisa ver como a tia Juh é muito legal!
– Escute Juliana, Rafael prometeu a Lize que a levaria em nossa casa...
– Ele fez o que? – o interrompi um pouco espantada com a novidade.
– Por favor, tia Juh, você vai e vamos brincar muito! – Lize parecia suplicar, enquanto dava um sorriso forçado.
– Vou marcar um dia com ele, aguardo você... Quer dizer aguardamos né Lize? – Mason parecia compreender o quanto estava surpresa com aquela informação, ainda assim demostrava alegria ao me avisar do convite.
– Siiiiim, mil vezes siiiiim. – a irmã mais nova de Rafael permanecia empolgada.
Não tinha como negar um pedido desses, especialmente ao ver o sorriso largo de Elizabeth e seus olhinhos brilhando ao concordar com a cabeça que iria fazer uma visita a sua casa. Era loucura aceitar, afinal, mal nos conhecíamos de fato e a verdade era que tínhamos umas contradições que supostamente não nos fazíamos melhores amigos ao ponto dele me levar na casa de seu pai. Enfim, me despedi mesmo totalmente constrangida.
Entrei no apartamento tentando mostrar tranquilidade, mas confesso que no fundo do peito remexia com tanta agoniação que mal falei com a turma, fiz apenas um comentário nada necessário e segui para o quarto a fim de tomar um bom banho. Por lá permaneci, tentando ao máximo não me encontrar sozinha com Rafael, aquele convite que o mesmo supostamente me faria com certeza estava me assustando. Devido a isso que me desvencilhava, almocei rapidamente e finalizei o dia dentro do quarto tentando não pensar no assunto, assim peguei no sono mesmo tendo um turbilhão de pensamentos confusos.
A segunda-feira começou tranquilamente, após a minha higiene matinal e sem a presença de Rafael segui para a cozinha observando a turma toda sentada na mesa posta, incluindo o ogro disfarçado de Deus grego.
– Finalmente a casa está lotada! – peguei uma maçã e me sentei no sofá.
– Agora é só diversão finalmente! – Cloe mantinha-se alegre por alguma razão. – Todos definitivamente estamos de férias. – concluiu.
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República do Amor
RomanceJuliana é uma menina mulher doce, meiga e cativante que descobre o amor da maneira mais difícil, em meio ao ódio e oposto do que imaginaria. Quem nunca amou aquele que dizia odiar? Amor e ódio andam lado a lado, em meio as suas perguntas Juliana se...