República do Amor

Capítulo 25

Rafael

Estava tranquilamente no meu banho quando a sem noção da Charlotte apareceu no apartamento, confesso ser engraçado a forma como tudo acontecia naquela situação, e não posso negar que ver Juliana brava em meio ao caos me fez admirá-la ainda mais, especialmente pela forma que se posicionava. A sua atitude de uma mulher madura me fez enxergar os motivos que Juliana mexia com o meu profundo.

Foi por passar tanto na republica que Charlotte deu o ar de sua graça, fazia dias que não a visitava, mas isso não dá a ela o direito de vir até aqui, principalmente depois de tudo que a mesma causou. Além do mais ofender Juliana com palavras horríveis me mostrou o tipo de pessoa que ela era, baixa, sem escrúpulos e qualquer respeito. Apesar de achar um máximo ver como Juliana se defendia, não podia mais continuar com toda patifaria.

Pobre Charlotte não consegue nem matar uma barata, quanto mais lidar com Juliana que estava igual a uma onça. Pensei no instante que encarei aquele rosto bonito, mas a verdade era que "boniteza não se põe em mesa" e esse era um dos ditados mais certos que já havia visto.

Tentando acabar com toda a confusão peguei Charlotte e puxando a coloquei para fora do apartamento.

– O passou pela sua cabeça? – apontei o dedo indicador em minha cabeça para fazê-la compreender o quanto estava errada. – Endoidou de vez? – questionei.

– Você sumiu, fiquei preocupada... – ela veio em minha direção como se nada tivesse acontecido. – Não me atende e nem responde minhas mensagens... – recuei assim que seus passos chegaram até mim. – Vim fazer uma surpresa! – novamente veio ao meu encontro e dessa vez pegou em meu peitoral – E encontro você com aquela vagabunda!

– Você realmente não tem nenhum respeito por ninguém! – a afastei de mim.

– O que quer que eu pense? Ela deve mesmo ser isso para está no quarto com você nesse estado! – ela apontou para as minhas condições e cruzou os braços mostrando que devia a ela explicações.

– Você não vai foder a minha cabeça novamente! – ri. – Não tenho nada, nada com você, entendeu? – virei de costas, mas me lembrei de dizê-la mais uma coisa, então voltei novamente em sua direção continuando. – E Juliana dá dez a zero em você. E não sendo de sua conta, mas farei o favor a você explicando, ela não está aqui por mim, quem me dera fosse por mim. Ela veio pelo Alex, é a irmã mais nova dele se não lembra! – finalizei.

– A tal da Jujuba? Que nojo! – disse em tom de deboche. – Que garota feia, mal vestida, por isso imaginei ser uma garota de programa! – afirmava com tanta convicção.

– Não consegue mesmo reconhecer o quanto está errada! – sorri em plena insatisfação. – Recalque não combina com você. Um aviso, não venha mais aqui, não me procure. Se não liguei, nem respondi, nem atendi e muito menos procurei você é pelo motivo simples, não quis! Não quero, entendeu? – encarei sua face seriamente. – E ainda tem mais Charlotte, nunca mais diga essas palavras sobre Juliana, porque se eu ouvir nem que seja um ai de sua boca eu não vou responder por mim! – dei as costas finalmente entrando no apartamento.

Não precisava de muito para entender o quanto Charlotte saiu furiosa, mas não me importava com os seus sentimentos, na verdade, as pessoas pelos quais valiam a pena estavam dentro do apartamento e era com elas que me preocupava.

Vi Alex tentando acalmar a fera existente em Cloe, ele de certa forma buscava amenizar, mas conhecendo minha amiga isso com certeza a chateava mais. No entanto, não me meteria para não piorar as coisas, porque sabia o gênio forte que Cloe possuía. Olhei Juliana tomando um copo de água na cozinha, possuía ciência que era para esfriar qualquer ira dentro de si, tinha conhecimento que devia ao menos desculpas para a mesma, afinal, ela não merecia em hipótese nenhuma passar por tudo isso, então decidi ir ao seu encontro.