Amortentia - SaiDa

Luto

[...]

— Sana?

— Sana, por favor acorda! Sou eu a Mina!

— É tudo culpa dela, minha melhor amiga morreu por causa dela!

— MINHA FILHA MORREU! MINHA GAROTINHA!

— Eu quero explicações do Ministério agora na minha sala!

— Diretor Dumbledore? O que faremos a respeito do Torneio agora que uma aluna morreu?

— Vamos resolver isso na minha sala, mas primeiro precisamos assegurar que Minatozaki esteja bem.

— Madame Pomfrey, por favor, encaminhe Sana para a enfermaria.

— Professor? Ela está bem?

— Sim, Senhorita Kim... ela só está em algum tipo de coma por causa do choque.

[...]

Não sei o que aconteceu depois de eu desabar no fim da prova do labirinto, mas eu ouvi algumas coisas que não me chocaram.

A primeira foi que me acusavam de ser a culpada pela morte de Somi, o que não era totalmente mentira se meu pai ou os Sagrados Vinte e Oito estiverem mesmo envolvidos com a morte dela, então me sinto mesmo responsável.

E segundo é que não sei se o Torneio irá continuar após os trágicos eventos.

Do fundo do meu coração eu espero que seja cancelado.

Pra mim já basta carregar comigo a culpa de ter deixado Somi morrer, eu não aguentaria ver outro colega meu morrer por causa da minha incompetência.

Uma total incompetente.

Eu sou uma completa inútil para qualquer um que precise de mim.

Somi faleceu por fraqueza minha.

Eu vi o brilho de seus olhos apagar diante de mim.

Vi a vida sair de seu corpo.

E vi os olhos vermelhos do Basilísco me encararem como se me conhecesse.

Isso me perturba.

Senti meu coração acelerar imediatamente.

O Basilísco me respeitava, logo ele, o assassino de uma garota inocente me respeitava.

O que eu sou afinal? Eu sou má igual a ele?

Eu não conseguia esquecer as imagens de tudo o que aconteceu conosco no labirinto, isso me atormentava sem parar.

Eu não aguento mais reviver esse momento.

— Sana? Está me ouvindo?

Eu ouvi uma voz tão conhecida por mim e algo me confortou.

Preciso acordar dessa armadilha de pensamentos, mas parecia presa numa paralisia do sono.

— Princesa? Você está tendo um pesadelo.

Senti uma mão suave apertar a minha como se quisesse me ajudar a despertar, então finalmente para o meu alívio eu consegui abrir os olhos me deparando com o teto da enfermaria de Hogwarts.

— Oh, por Merlin ela acordou!

Virei minha cabeça e vi Mina limpando as lágrimas sentada ao lado do meu leito.

— Oi, Mitang – falei com a voz rouca sentindo minha garganta seca arder de leve.

— Amiga, eu senti tanto medo de te perder! – ouvi Momo choramingar quando pulou em cima de mim na cama me dando um abraço apertado.