Home NOT Sweet Home

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[...]

[Dahyun]

— Dahyun? Oi?

Yuna tentou chamar a minha atenção depois do grande susto que eu tive ao ver minha ex na festa da Nayeon.

Porque ela não me contou que a Sana viria?

Pelo menos eu teria me preparado para ver ela novamente depois de longos dois meses.

Que inferno.

Senti meu corpo ainda tremendo, os meus joelhos eram gelatinas nesse momento.

E eu só queria ir para casa.

— Err, Yuna – forcei o meu melhor sorriso — Eu preciso ir, me desculpe.

Yuna deu de ombros como quem não estava muito contente.

— É a Sana, ela tem esse efeito nas pessoas – Yuna riu com desdém — Quem a rainha Minatozaki não encanta? Pode ir, Dahyun.

— Mesmo? Tá tudo bem?

Ignorei as farpas que ela jogou e a vi assentir, então rumei para qualquer lugar que fosse menos ali na pista de dança.

Andei rápido entre a multidão de pessoas até o portão da casa e infelizmente ouvi chamarem meu nome.

— Aonde você pensa que vai?

Nayeon segurou meu ombro e eu me virei.

Merda não fui rápida o suficiente.

Como eu queria fazer a aula de Aparatação que o Ministério da Magia disponibiliza aos alunos do sétimo ano na escola para tirar minha habilitação, porém eu não tenho cem galeões de ouro sobrando assim.

Pode não parecer, mas cem galeões de ouro no mundo bruxo são um mês de trabalho do meu pai como professor na Universidade.

Tenho que me contentar com uber ou táxi por enquanto que sou menor de idade e não posso voar de vassoura por aí.

— Nay, eu preciso ir pra casa – suspirei em desânimo — Ver a Sana acabou com a minha noite.

Não tinha porque mentir para Nayeon.

— Eu imagino e é por isso que você vai ficar aqui e dormir comigo – ela sorriu — Podemos comer todo o sorvete que você quiser e jogar no meu PlayStation 5.

— E a Momo? – perguntei.

Era fofo da parte dela sugerir que eu dormisse na casa dela, mas eu não queria ser um incômodo.

— Momo foi embora preocupada com a Minatozaki – ela respondeu.

Deve ter sido uma merda para a Sana me ver beijando outra, porém ela que foi viajar com outra primeiro.

Ela deu o passo da superação e não respondeu às minhas cartas.

— Não sei se sou uma boa companhia hoje, Nay – torci os lábios ainda cogitando chamar um uber.

— Não me importo, pode ficar jogando no meu PlayStation e nem precisa falar comigo, só não fica sozinha em casa – ela pegou a minha mão e me olhou nos olhos — Eu estou preocupada com você, dubuzinha.

Eu sei do que ela está se referindo.

A tal fama que eu fiz de estar sendo dando pra todo mundo esse verão.

Em partes não é mentira, mas a parte que a preocupa é sim invenção.

— Eu preciso ignorar minha vontade de correr para os braços dela, Nayeon – senti as lágrimas querendo chegar — Por isso eu tento suprimir isso pegando várias por aí.

Amortentia - SaiDaOnde histórias criam vida. Descubra agora