Pool Party

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[...]

— Sobrinha? Você é mesmo a Sana? – minha tia ponderava sozinha ainda na porta de entrada do chalé.

Eu só assenti.

— E onde está o seu anel dos Minatozaki? – ela me analisou por inteira.

Err..

— Eu dei ele para uma pessoa importante pra mim – dei de ombros — Uma nascida trouxa.

Confessei sentindo minhas bochechas corarem de constrangimento.

Seola arregalou os olhos para mim sem acreditar e a mesma feição podia-se ver na minha tia.

— Você fez um feitiço de proteção no anel? – Perséfone perguntou curiosa.

— Sim, todos os possíveis – assenti — Tudo para proteger-la das garras do meu pai e os lacaios dele.

Minha tia ficou me olhando por uns segundos, então suspirou.

— Entre logo no chalé – Ela nos deu passagem e nós entramos na casa bonitinha.

[...]

— Mais chá?

A menina que se chamava Aeri perguntou educada enquanto tentava espiar a nossa conversa na sala.

Claro que ela ia querer saber.

Do nada duas malucas aparecem na casa dela do nada falando que tem parentesco perdido.

Eu também ia tentar descobrir do que se trata.

— Aeri – sua mãe a repreendeu — Eu pedi para você esperar no quarto, por favor.

A jovem bufou revirando os olhos e partiu batendo os pés no piso de madeira lustrosa do chalé aconchegante.

— Ela pode participar da conversa, por mim não vejo problema – falei simples e Seola assentiu.

— Aeri não sabe do meu passado, não sabe que tem parentes – minha tia respondeu — E meu nome agora é Suki Uchinaga, não me chamem mais pelo meu nome antigo.

Nós assentimos rapidamente e ela sorriu.

Era evidente o quanto eu me parecia com ela, o mesmo nariz e feições.

Talvez seja por isso que meu pai me detesta tanto, talvez se lembre da irmã mais nova.

— Então, o que vocês querem de mim?– Suki perguntou com educação.

— Talvez você possa nos contar como se tornou Suki Uchinaga – sugeri sentindo meu coração bater ansioso.

Eu queria dar um sumiço desse também se eu pudesse.

Suki sorriu pensativa e recostou na cadeira de madeira da sala.

— Pra isso preciso começar lá em Hogwarts ainda – ela riu baixo — Eu era uma sonserina durona, sabem? Os Minatozaki reinam naquela escola eu tenho certeza que agora é sua vez, certo?

Eu ri baixo e vi Seola concordar.

— No meu quarto ano eu conheci um garoto brilhante da Corvinal, ele era um prodígio das poções e se ofereceu para me dar aulas particulares porque eu estava levando bomba nas provas – os olhos de Suki se encheram de lágrimas com a lembrança — O garoto brilhante se chamava Kaito Uchinaga e ele era um nascido trouxa. Uns meses depois nós estávamos completamente apaixonados um pelo outro.

Engoli seco.

Meu coração se apertou já sabendo o fim trágico que ia vir nessa história, graças aos Minatozaki.

Amortentia - SaiDaOnde histórias criam vida. Descubra agora