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[Sana]

Muitos aplausos eram ouvidos ao redor de mim como se tivesse terminado um espetáculo teatral, a minha cabeça girava e tudo que falavam ao meu redor estava abafado pelo zumbido no meu ouvido.

Minha crise de ansiedade estava no pico mais alto possível.

Não só o meu maior pesadelo tinha se realizado, mas um rosto conhecido havia morrido por causa da minha família.

Eu costumava pegar relances da família Park quando iam levar Jihyo e suas irmãs mais novas até a plataforma 9 ¾, eles pareciam um tipo de família feliz e que tinham amor entre si.

Ao contrário da minha.

Mas na mesma velocidade que o Sr. Park morreu na minha frente, o meu pai veio na minha direção apontando a sua varinha com um ódio que eu jamais vi em seu rosto.

Nem mesmo da vez que levei uma surra.

— Sua infeliz, você é uma vergonha para todos os Minatozaki – ele vociferou com a varinha apontada para a minha têmpora — Tenho vergonha de ter gerado você!

— Kaito, já chega.

Meu avô humilhou meu pai ao chamá-lo por seu nome de batismo, invés de seu título de Lorde e segurou seu pulso.

O adestrando como um cachorro sem modos.

Todos os Sagrados 28 ficaram em total silêncio.

Vi o rosto do meu pai ficar mais vermelho do que antes e ele se virou para meu avô.

— Já chega! Você não manda mais em nada aqui! – ele apontou a varinha para o velho Minatozaki — Avada Kedavra!

Em um suspiro, meu avô também estava morto ao lado do Sr. Park.

A multidão arfou assustada, incluindo minhas duas amigas que assistiam tudo boquiabertas da primeira fileira, juntamente com Yoo Jeongyeon.

Eu sabia que agora seria a minha vez de morrer.

Não havia mais ninguém nesse mundo que meu pai odiava mais que meu avô e ele estava morto, a próxima da lista seria eu.

Minhas lágrimas começaram a descer descontroladamente e sussurrei para as minhas duas amigas "eu amo vocês".

Só que para a minha surpresa uma pequena rebelião de uns seguidores antigos do meu avô contra os novos seguidores do meu pai começou, isso distraiu meu pai por segundos necessários para que Mina e Momo conseguissem subir no palco comigo.

— Sana, você está gelada – Mina esfregou meus braços — Vamos aproveitar para sair daqui?

Assenti assustada com a confusão e as duas mortes na minha frente.

Eu havia visto a morte na minha frente mais uma vez depois de Somi.

Conseguimos andar para fora do palco e mais alguns metros até que dois seguranças brutamontes do meu pai bloquearam o nosso caminho para a chave de portal que ficava no jardim frontal da minha mansão.

— Aonde pensam que vão? – ele sorriu com os dentes podres.

— Essa é minha casa – respondi com raiva — Saia!

Ele riu em deboche.

— Oh coitadinha, vai fazer o que? – riu — Me matar que não é, você é uma Minatokazi fraca, não conseguiu nem matar o sangue-ruim.

Minatozaki fraca.

Essa era nova, eu nunca tinha escutado.

Os dois seguranças gargalhavam enquanto falavam o quanto eu era fraca, que deveria ser mestiça, que meu sangue era fraco.

Amortentia - SaiDaOnde histórias criam vida. Descubra agora