Brunna
Fomos guiadas por Steve e Danny até a sede oficial de sua força tarefa. Era um edifício grande e bonito, chegava a humilhar o prédio onde eu trabalhava em Nova York. O andar onde eles trabalham, tinham apenas cinco salas fechadas, e no centro delas, o espaço geral onde havia uma tela e e uma mesa que, na verdade era um computador à toque.
Tecnologia de ponta. Poderia levar isso para o FBI sem problemas.
Ao chegarmos, encontramos apenas mais um policial ali, aparentemente procurando alguns dados.— Encontrou algo, Chin? — Steve questionou assim que entramos.
— Nada ainda, Steve, mas Kono está no prédio, procurando mais pistas, e Grover está procurando alguma pista sobre o quadro roubado — Chin respondeu, só então levantando o olhar, e nos encarando.
— Essas são, as agentes que estavam cuidando no caso da pintura roubada em Nova York — Danny nos apresentou.
— Eu sou a agente Brunna Gonçalves, departamento de crimes do colarinho branco, e essa é Ludmilla Oliveira, nossa consultora — estiquei minha mão em um cumprimento ao policial.
— Chin Ho Kelly, sejam bem vindas ao Havaí — ele disse com um sorriso gentil.
Franzi o cenho ao vê-lo encarar Ludmilla por alguns momentos, antes de a cumprimentar. E, ainda mais confusa ao ver ela tão retraída. Isso era novo. Lud era bem tagarela. Principalmente quando se tratava de obras de arte.
Sendo que ela foi a primeira a roubar essa em questão.— O quê exatamente aconteceu? — perguntei, tentando entender o caso.
— Fomos chamados para um caso de tentativa de homicídio. — Steve começou — Um suspeito atirou em um turista, levando apenas a bagagem de mão. Enquanto vocês estavam no vôo para cá, descobrimos que o nosso suspeito, é o mesmo cara que vocês querem. Ele colocou a pintura dentro da bagagem de mão de outro passageiro, provavelmente sabia que seria revistado ao descer. Foi liberado e então seguiu para o hotel da vítima, roubou a bagagem de mão com a pintura, e atirou na vítima de uma distância próxima.
Engoli em seco, uma tentativa de homicídio, por causa de uma pintura. Mas, em segundos, deixei a minha expressão fria no rosto. Para ser boa nesse trabalho, eu não podia deixar minhas emoções me controlarem. Eu tinha que usar a razão. Mas, deixei o sentimento de cuidado ficar, olhando rapidamente para Ludmilla, sabendo muito bem, o que causava nela ouvir sobre homicídios e tiros à queima-roupa.— Está bem? — perguntei em um tom baixo, tocando levemente em seu braço, e ela apenas assentiu devagar, então voltei meu olhar aos três policiais, ainda séria — O quê vocês tem até agora?
— Não muito — Chin respondeu — Apenas sabemos, que, esse suspeito, é Tyler Posey, um contrabandista belgo, indiciado por inúmeros crimes. Ele estava em um vôo, quando a Interpol emitiu um alerta, que, descobrimos, veio da sua equipe, agente Jauregui, que dizia que ele estava contrabandeado uma arte roubada. Mas, quando chegou aqui, não havia nada — explicou, me fazendo bufar irritada.— E, menos de meia hora depois, Tyler vai até o hotel da vítima, que esteve no mesmo vôo que ele, rouba a mala de mão, a mesma que ele teve acesso todo o vôo, e atira em Wallace, nossa vítima. Ele deve ter colocado a obra na mala da vítima, sabendo que seria revistado — Steve termina de explicar, nos encarando — Afinal de contas, o que ele roubou?
— Vaso de Lírios, de Van Gogh — respondi, já vendo Chin digitar algumas coisas, e logo a foto da pintura estar na tela — Atualmente, vale 55 milhões de dólares.
— Aqui diz que essa pintura foi roubada em 2014, Tyler foi suspeito, mas nunca acharam provas — Chin disse, encarando a tela, lendo os documentos policiais.
— Ele é escorregadio — admiti a contra-gosto — A obra foi roubada inicialmente em 2012 — olhei rapidamente para Camila, rolando meus olhos ao ver o sorrisinho convencido — E no final de 2013 conseguimos recuperar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre a lei e o amor
ActionComo decidir o que é certo sendo que o errado sempre foi o certo. Você seria capaz de mudar por amor? Ludmilla tinha apenas uma escolha.