- Vocês transaram e ela ainda empresta as roupas pra você? - Daiane questionou sentada no sofá da minha casa - E agora?
- Ela disse que não quer nem pensar nisso - murmurei deitando a cabeça no colo de minha melhor amiga - Já passou duas semana, e mesmo que nossa relação tenha melhorado, ela sempre se esquiva quando o assunto surge.
- Acho que alguém não acha que você transa bem - me provocou e eu revirei os olhos.
- É porque eu sou uma criminosa Daí - respondi com uma leve careta - Brunna é certinha demais enquanto eu cumpro uma pena trabalhando para ela.
- Em falar em criminosas - Dai começou levemente - Achei a Isabelly.
Sentei no sofá em um pulo encarando minha melhor amiga com curiosidade.
- Ela está em um apartamento, no centro, parece que está bem de vida - Dai falou e eu suspirei, me sentando corretamente e me escorando no sofá.
- Eu preciso falar com ela - falei firme e minha melhor amiga me encarou por alguns segundos.
- Por mais que eu não goste dessa ideia, você já é bem grandinha, te mando o endereço por mensagem - avisou já se levantando.
- Tudo bem e obrigada - agradeci, ganhando apenas um sorriso em troca.
- LUDMILLA!
Fiz um careta e Daí não segurou a risada quando ouviu o grito de Brunna e logo a mesma invadindo minha casa.
- Existe uma porta para você bater e esperar eu ir lhe atender - resmunguei sem sair do sofá, olhando para Brunna que me encarava um pouco irritada.
- Você comprou bebida para Juliana!? - Questionou irritada e eu segurei a risada.
- Ela tem 16 e ia em uma festinha com as amigas, não ia deixar ela ir de mãos vazias - dei ombros vendo a morena me fuzilar com o olhar.
- Da próxima vez eu enfio a garrafa de bebida no teu...
A voz de Brunna morreu quando ela finalmente se tocou que havia mais alguém na sala. Seu rosto corou levemente, provavelmente envergonhada de quase ter dito algo muito feio para mim na frente de alguém.
- Brunna está é DJ - apresentei minha amiga somente pelo apelido como ela gostava - E Dj está é a Brunna.
Observei as duas se cumprimentaram, a Brunna envergonhada e Daí quase rindo.
- Eu já estava de saída - Dj disse, me dando um beijo na bochecha e saindo da minha casa.
- Dj não é um nome - Bruna comentou, levemente desconfiada quando minha amiga foi embora.
- Ela prefere assim - respondi dando ombros - Enfim, veio aqui somente me ameaçar de morte?
- Eu deveria realmente te matar - Ela disse, novamente se irritando - Onde já se viu comprar bebida para uma garota de dezesseis anos!?
- Ah Brunna, parece até que nunca teve essa idade - resmunguei - Ela é uma adolescente, deixa ela viver a vida dela - completei revirando os olhos.
- Eu odeio você - Brunna murmurou e bufou - E arranja outra carona amanhã, eu tenho lugares para ir - completou, antes de me dar as costas e sair dali, batendo a porta com força.
- Grossa - resmunguei, mesmo sabendo que ela não escutaria.
[...]
Encarei mais uma vez a mensagem de Daí em meu celular, suspirando.
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Entre a lei e o amor
AcciónComo decidir o que é certo sendo que o errado sempre foi o certo. Você seria capaz de mudar por amor? Ludmilla tinha apenas uma escolha.