Dentista de Detroit II

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Brunna

Bufei irritada assim que Ludmilla saiu da minha sala. Como ela pode fazer isso!? Nós nos beijamos, admitimos que sentimos algo uma pela outra, fizemos sexo - de novo e de novo - e ela simplesmente acoberta um crime? Como se fosse algo normal e algo certo?
Por que sempre temos essa mania de achar que pessoas podem mudar por nós?

- Acho que você pegou pesado com ela - Paty comentou, entrando novamente na sala - Eu consegui ouvir seus gritos.

- O que você queria, Patrícia? Ela sabia que a galeria seria assaltada - retruquei - Aliás, Dan e Will não abriram a boca, mas realmente, a líder foi Cristal.

- Ludmilla contou? - questionou confusa e incrédula.

- Não intencionalmente, deixou escapar que "Crustal" - fiz aspas com meus dedos, um pouco irônica - A chamou para ajudar no assalto, porém ela recusou.

- Ponto para ela - murmurou e eu revirei os olhos - Por que está tão irritada!? Todas nós sabemos como Ludmilla é, pelo menos ela não ajudou, apenas não dedurou uma antiga amiga.

- Amiga!? Elas dividiram uma cela na prisão, não fizeram um pacto! - exclamei irritada.

- Brunna, me diz que não está assim, porque...

- Nós estamos, meio que, ficando - murmurei, sentindo minhas bochechas esquentaram.

- O quê!? Como assim? Ah, meu Deus, Emilly vai surtar - disse incrédula - Explique-se.

- Eu gosto daquela idiota, Paty - sussurrei, me sentando na ponta da mesa, suspirando - Eu realmente gosto, e ela também, então, estamos deixando levar.

- Por acaso deixando levar, você quer dizer, transalndo sem parar? -perguntou divertida, me deixando ainda mais vermelha.

- Ei, o que houve? A Ludmilla saiu daqui como um furacão - Emilly disse, entrando na sala, com o cenho franzido.

- Ela e Brunna  brigaram - contou.

- Brigaram? - perguntou confusa.

- É, ela e Brunna estão 'ficando' - Paty me dedurou o que me fez fuzila-la com o olhar.

- Como é que é!? - praticamente gritou.

- Ah não façam isso, as duas já sabiam que eu estava meio confusa sobre ela, e é, eu gosto dela, eu disse à vocês duas que conversamos, vocês até a interrogaram! - lembrei, vendo as duas reviraram os olhos.

- Nós sabíamos que a Oliveira gosta de você, e que você meio que gosta dela, mas não sabíamos que estavam tendo um relacionamento - Emilly retrucou me fazendo rolar os olhos.

- Não é um relacionamento, nós apenas nos beijamos as vezes, bem, hm...

- Transam bastante e têm ciúmes uma da outra, pra mim isso é um relacionamento - Paty disse risonha, me deixando corada.

- Por que brigaram? - Emilly questionou.

- O roubo que você me ligou de manhã, me avisando e que Paty me trouxe os dados, Ludmilla sabia, foi no dia do nosso primeiro encontro por assim dizer, ela fez com que não fôssemos à avenida naquele dia, pra acobertar a antiga colega de cela - expliquei, vendo o olhar incrédulo de Emilly.

- Como ela pode não te contar? -  disse surpresa.

- Ah vocês duas, parem com isso! ludmilla é um amor de pessoa, mas sempre fez péssimas escolhas, nós sabemos disso, e eu aposto que ela não pensou nas consequências - Paty disse séria - Tenho quase certeza que Christina Constanza a chamou para o roubo, e ela apenas disse não, nem deve ter passado pela cabeça dela contar, porque ela não é uma agente da lei como nós, ela não pensa como nós.

Entre a lei e o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora