Capítulo 11

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Os meus amigos ficaram ao meu lado até o sinal indicando o fim do intervalo tocar. Por mais que eles demonstrassem apoio, eu me sentia culpada, parecia que apenas estava atrapalhando a vida deles.

| Quebra de tempo |

As aulas do dia finalmente acabam, e assim como da outra vez, Nataniel veio me buscar, porém, hoje ele estava acompanhado de minhas amigas:

- Está pronta para ir? - diz ele gentilmente.
- Melhorou? - fala a Amanda e ao seu lado estava Elisa com minha mochila em suas mãos.
- Estou bem! E quase pronta, eu só preciso das minhas chaves... - começo a procurar, mas não encontro. - Não estão aqui! O Arthur deve ter pego sem me avisar... Eu ainda mato aquele ser!
- Não precisa se exaltar, seu irmão deve estar na sua casa. - Elisa tenta me acalmar.
- Hoje ele tem ensaio com a banda, só voltará de noite. Eu estou perdida! - falei entrando em desespero, afinal de contas... COMO EU IRIA ENTRAR NA MINHA CASA?
- Se quiser pode ficar na minha casa, e quando ele chegar eu te acompanho... - Nataniel fica um pouco corado e envergonhado, mas estava sendo muito amável.
- Eu... aceito o seu convite... - fico um pouco envergonhada também.
- Acho melhor nós irmos... logo, logo chegarão os alunos do período da tarde! - Amanda fala.

Nós nos despedimos no portão da escola e em seguida, eu acompanho o Nataniel.

| Quebra de tempo |

Quando chegamos eu vejo alguns prédios:

- Nataniel, você mora aqui?
- Isso... - ele fala passando um cartão em um aparelho e abrindo o portão de entrada.
- Boa tarde, Sr. Spencer! Trouxe sua namorada hoje? - diz um porteiro que parece ser bondoso, e com certeza, que está equivocado.
- Boa tarde, Sr. Paulo. Esta é minha amiga, somos da mesma sala... - ele fica vermelho.
- É um enorme prazer! Me chamo Amaya Mells. - eu sorrio.
- O prazer é todo meu, Srta. Mells! - assim que termina de falar, ele nos libera.

Andamos até um prédio e entramos, pegamos um elevador e o Nataniel seleciona o nono andar. Enquanto ainda estamos subindo, o elevador dá uma pequena chacoalhada, eu já não gosto de elevadores, principalmente quando ele fazem isso:

- Isso é normal? - pergunto apavorada.
- O que? O elevador balançar? - ele responde com serenidade.
- Exato...
- Amaya, você está com medo? - ele fala desconfiado
- Talvez um pouco... - eu digo e então ele começou a rir.
- Para quem já lutou com um vilão, isso meio que me surpreende! - e continuou com suas gargalhadas.
- Não tire uma com a minha cara! - eu falo irritada.
- Vamos, eu te protejo! - ele pega minha mão e eu faço automaticamente um cosplay de pimentão.

Assim que o elevador para e abre suas portas, Nataniel me puxa e pega suas chaves.

- É este aqui! - ele abre a porta do apartamento 71.
- Wow! - falo surpreendida - Nataniel, não leve para o lado ruim, mas... COMO VOCÊ CONSEGUE MANTER ESSE LUGAR? ELE É ENORME!
- A minha tia comprou este apartamento já tem um tempo. Quando eu disse que gostaria de morar sozinho, ela me apoiou e disse que eu poderia usar.
- Ela paga as contas? - pergunto curiosa.
- Não, há algum tempo eu fiz cursos de administração e contabilidade, então para poder me manter aqui, eu trabalho em home office administrando e cuidando das contabilidades de pequenas empresas e negócios!
- Isso é incrível! - exclamo
- Bom... fique à vontade! Eu irei preparar algo para comermos! - ele diz sorrindo.
- Obrigada, você é muito gentil! - retribuo o sorriso.

Amaya Mells, a guerreira do tempoOnde histórias criam vida. Descubra agora