guardas, quadras e doações

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Certamente essa semana rendeu acontecimentos estranhos.

No sábado, algo fora do comum aconteceu.

Minha mão suava frio quando minha mãe comunicou que iria na escola me buscar naquele dia, com o pretexto de ir ao shopping de Busan fazer compras. Impossível de negar, concluí que o máximo que eu poderia dizer é que estava ocupada com algo de alguma matéria. Mas ... não. Ela disse que eu deveria ir. E bem, eu fui.

Estranhamente, ela não disse nada sobre nada . Não reclamou, não fez nenhum comentário invasivo, muito menos me cobrou algo. Fizemos as compras de roupas - apenas uma blusa para mim, o resto para ela, vale ressaltar - ea volta no carro foi silenciosa.

Myoui Maiko dirigia o carro pelas ruas vazias, pegando o caminho mais longo o possível. E eu estava travada no banco, olhando pela janela.

Parecia que queria me dizer algo, mas não sabia bem como abordar. Definitivamente, não sou eu que vou fazer isso por ela. Meu medo é maior do que isso.

Quando desci do carro, ela veio atrás. Foi aí que eu comeri a suar frio. Passando pela portaria, ela travou e cumprimentou Dongyul, o porteiro. Ambos sorriram quando me virei, interessada.

- Essa aqui é minha filha! - diz minha mãe, tão calorosa comigo e com o homem. Me puxa pelos ombros de forma delicada, exercício de lado. Franzi o cenho. Eu já tinha reparado antes que suas habilidades em fingir ser extremamente calorosa com uns era incrível.

Mas não sabia que ela conhecia Dongyul.

- Ah, ela é do dormitório aqui perto - sorriu o homem. Fiquei mais confusa ainda. - Sua mãe e eu hoje batemos um papo, antes que eu tenho que ir! - explica, provavelmente depois de ver minha expressão. Mamãe assentiu. - Não sabia que era mãe da famosa Myoui Mina - comentou o homem, sorrindo, se debruçando contra o muro, os braços apoiados na janela da guarita.

Engoli em seco.

- Famosa ? - perguntou Maiko, curiosa. Ela sorriu, tombando a cabeça para o lado. - Como assim, famosa?

- Ah, sim, ela é amiga de um pessoal que eu gosto bastante aqui - continuo contido. Naquele mísero instantaneamente, praticamente entrei em pânico. Meu inteiro corpo tremia, principalmente quando como unhas longa e vermelhas de minha mãe no meu braço apresentado a apertar a pele de um modo que começou a machucar. Dongyul fez uma pausa, no entanto. - Quer dizer ... Você não vem andando com elas nos últimos dias. O que houve?

Quase suspirei de alívio. 

- Ah, nada, só estou ... Focada. É! Focada nos estudos! - respondo, praticamente tremendo. O ar ficou escasso no pulmão.

- Entendo!

Então, ela não diz mais nada. Se despediu, me deu um beijo nos cabelos e se afastou.

Estranhamente, parecia satisfeita.

Não comentei o ocorrido com ninguém. Mas a marca de suas unhas ficou no meu braço, sangrando, inclusive. Aquilo parecia um pouco fora da realidade demais, e gostaria que um dos poucos momentos de quase-paz que tive com mamãe ficasse guardado na minha memória.

Depois disso, houve uma pequena reunião com Jihyo, Sana e Nayeon no nosso quarto e pedimos pizza, com uma Coca-Cola gigante. E bem, eu e Chaeyeoung dormimos agarradas.

Agora, conversava Tzuyu, nesta segunda-feira tenebrosa.

- Sinceramente, não faço a ideia mínima do que vou fazer quando isso tudo acabar. - Tzuyu disse para mim, enquanto mexia timidamente em seus cadarços desamarrados, encostada na arquibancada da quadra.

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