CAPITULO OITO

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As sete e meia da manhã eu já estava na porta do escritório

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As sete e meia da manhã eu já estava na porta do escritório. Meu horário era as oito, mas era o primeiro dia que eu fazia o caminho até ali de ônibus e eu nunca gostei de me atrasar.
Me sentei no degrau único em frente a porta de vidro e esperei. Esperei por exatos vinte e quatro minutos até Alicia aparecer.

- Amélia?! Que surpresa - ela disse abrindo as portas. Me deu espaço para entrar e eu o fiz, ficando quase em choque ao ver a pequena mesa ao lado da de Alicia. Parecia ter sido feita sob medida.

- Quando...?

- Ah, Theo mandou que os homens da design de interiores dele vida sem aqui ontem e como já tinha mandado fazer o projeto, eles montaram rapidamente a noite. Theo mesmo veio supervisionar.

- Minha nossa.

Ele tinha tido um certo trabalho e aquilo tudo para me fazer trabalhar com ele. Por que tanta obstinação? Ainda mais sem ter certeza de que eu realmente trabalharia aqui por mais de alguns dias.

- Vamos começar? Hoje o dia vai ser puxado.

Me sentei em meu lugar e ela logo estava ao meu lado. Me deu algumas instruções de por onde começar e eu suspirei ao ver o tanto de coisa que eu tinha que preencher, tudo seguindo o padrão que Alicia tinha me passado.

No meio da parte da manhã, eu já estava pegando o jeito e até que estava gostando. Prendi meu cabelo em um coque preso por uma caneta e continuei fazendo meu trabalho, anotando algumas coisas que eu achava importante. Estava lendo tanta coisa sobre leis e crimes que já achava que poderia ocupar o lugar de Theo.

- Bom dia, moças - ouvi a voz do advogado antes de ve-lo. Estava concentrada demais para tirar meus olhos do computador.

- Está atrasado, bonitinho - Alicia informou. Olhei para o relógio do computador e vi que já estava quase na hora do almoço.

- Bom dia - respondi, terminando de digitar a última frase e o olhando.

Prendi o fôlego ao ver seus cabelos milimetricamente arrumados, a barba perfeitamente feita e bem ralinha, seu costumeiro sorriso e os olhos de avelã, que me encaravam.

- Está gostando do trabalho, meu doce?

Odiava aquele apelido. E odiava ainda mais o modo como ele dizia para me provocar.

- Já fiz coisa pior - fiz pouco caso, determinada a não deixar ele ganhar.

- Sei que daqui a uma semana vai estar agarrada no meu pescoço, implorando para ser contratada.

Revirei os olhos, cruzando os braços e me encostando na cadeira.

- Nem você acredita nisso.

Ele sustentou meu olhar e um silêncio mortal se instalou. Pela visão periferica pude ver Alicia olhando de um para o outro, mas não a encarei, não seria a primeira a ceder. Ergui apenas uma sobrancelha, em um gesto silencioso de que poderia ficar naquela por muito tempo.

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