CAPITULO QUARENTA

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Eu disse a eles

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Eu disse a eles. Ao delegado responsável pelo caso. Tudo o que Gabriel tinha me dito foi passado para ele. Três lugares. E mais dois dias até que verificassem dois deles. Eu estava entrando em um colapso.

Dylan passara a me ligar, até me acompanhou até a delegacia um dia. Eu podia muito bem ir sozinho, mas meu pai tinha feito o favor de pedir tanto a Dylan quanto a Diogo que não me deixassem de forma alguma entrar lá desacompanhado. Talvez tivesse medo de que eu me descontrolasse com o delegado. Embora eu não teria feito tal coisa. Ou talvez tivesse.

- Está me dizendo que vai esperar mais dois dias para ir e resgata-la? - perguntei sentindo o controle se esvair como água evaporando de meu corpo.

Frente a frente com o delegado. Ele estava sentado em sua cadeira e eu curvado sobre a mesa. Era amigo de meu pai, mas não mudava o fato de que era um delegado.

- Não podemos mandar equipes sem ter certeza. Investigadores vão primeiro,  vão tentar identificar algo suspeito e só então, vamos agir.

- Eu te disse todos os lugares que ela poderia estar. Se não está em nenhum dos outros dois então está nesse. Vamos invadir!

- Vamos?

- O senhor me desculpe, delegado, mas é a minha mulher que está lá, sofrendo sabe-se lá o que. Não vou ficar aqui esperando plantado feito uma bananeira. Eu vou junto. E vamos hoje.

- Theo, eu entendo o seu nervosismo, mas não vou admitir que me desacate. Estou lhe dizendo como vai acontecer e você não estará junto.

Diogo colocou a mão em meu ombro, um pedido silencioso para que eu me contivesse. Sabendo que me impor não ajudaria, visto que iria ferir seu orgulho, tentei outro caminho.

- Estou lhe falando como o filho desesperado de um amigo, se não colocar uma equipe nisso, eu irei sozinho. E irei. Nada me impedirá. Não tenho medo de morrer tentando salva-la. Eu estou nisso hoje, Samuel. Peço que me ajude.

O delegado respirou fundo, massageando as próprias têmporas de olhos fechados. Quase podia ouvir sua cabeça trabalhar. Imaginei que estivesse decidindo se eu falava sério ou era apenas um blefe. Mas ele sabia, todos sabíamos que era sério.

- Partiremos as seis. Você não vai carregar uma arma e nem entrar no local. Vai ficar no carro até garantirmos que é seguro.

- Você vai? - perguntei, surpreso.

- É o filho desesperado de um amigo - O senhor sorriu levemente, dando de ombros.

(...)

Samuel pediu a dois policiais para que me explicassem como seria a operação. Diogo teve que ir embora e eu passei o resto do tempo estudando tudo que eles faziam em operações como aquela. Samuel deixara bem claro que eu não poderia interferir, mas de forma alguma eu planejava ficar no carro.

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⏰ Última atualização: Apr 20, 2021 ⏰

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