CAPITULO QUINZE

674 56 19
                                    

O ver ali foi como um passo em direção de tudo desmoronar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O ver ali foi como um passo em direção de tudo desmoronar. Ele não devia saber daquilo. Não devia saber da minha vida pessoal. Mais alguns passos e ele chegaria em Gabriel. Não podia.

- Está brincando comigo? - perguntei, rancorosa quando ele deu a entender que queria que a minha vida fosse de sua conta.

- Como eu poderia?

Soltei meus pulsos de seu aperto e me afastei, passando as mãos pelo rosto e jogando os cabelos para trás.

- Eu preciso voltar para lá - me virei para ele. - Mas essa conversa não acabou!

- Que horas você sai? Posso te esperar.

- Vai para casa, Theo.

- Amélia...

- É sério - interrompi, minha voz saindo trêmula -, vai para casa.

- E você vai ficar aqui sozinha? No meio desse monte de homens bêbados?

O olhei, muito brava com tudo. Com ele, com a situação, até comigo.

- Eu não sou indefesa e eu não estou em apuros. Não precisa bancar o príncipe para cima de mim. Vai para a casa!

- Que horas você vai embora?

Revirei os olhos, desistindo daquilo. Virei as costas e voltei a entrar no bar. Meu chefe me olhava de cara feia do caixa, mas ignorei e voltei ao meu trabalho.
Theo ignorou tudo o que eu falei e entrou no bar, se sentando em uma mesa mais afastada. Não estava na minha ala, então a outra menina foi atende-lo. As horas se passavam e ele não ia embora. Pedira apenas uma água e não tirava os olhos de cima de mim, parecia um falcão.

No final do expediente, meu chefe me puxou para uma área mais reservada.

- Você sabe as regras sobre namorados no trabalho.

- Eu sei, mas ele...

- Sabe as coisas que podem acontecer e o que namorados ciumentos fazem. Eu vi o que ele estava prestes a fazer naquela hora e pode ter certeza, qualquer briga daquele homem aqui dentro vai resultar na sua demissão. Está liberada.

Bufei e segui para a saída, sem querer saber se ele estava vindo atrás de mim.

- Você sempre vai embora andando? É perigoso a essa hora - escutei sua voz atrás de mim. - Aliás, sempre sai a essa hora? Que horas você dorme?

- Achei que tivesse deixado claro que era para você ter ido embora - respondi, sem olhar para trás e sem parar de andar.

- Você pode não querer, mas eu me preocupo com você.

- Não precisa.

- Amélia!

Me virei, possessa.

Preciosa Devoção Onde histórias criam vida. Descubra agora