CAPITULO TREZE

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- O que nós vamos fazer? - perguntei a Gabriel, sentada na poltrona de casa

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- O que nós vamos fazer? - perguntei a Gabriel, sentada na poltrona de casa.

Ele estava deitado no sofá, com o antebraço cobrindo os olhos. Não parecia dar a mínima. Haviam bandidos atrás dele, de novo, e ele não parecia dar a mínima.

- Gabriel!

- O que você quer que eu diga, Amélia? Temos que pagar, é isso. Pede um adiantamento para o seu namorado.

- Ele não é meu namorado e eu não vou pedir adiantamento nenhum.

Afundei o rosto entre as mãos e suspirei. Eu tinha um mês para conseguir dez mil reais ou viriam atrás de Gabriel. Eu ganhava menos de mil no bar, alguns trocados fazendo faxina nos finais de semana e meu salário com Theo não chegava a dez mil nem dobrado.

- Você precisa falar com eles... tentar estender esse prazo. Gabriel, mesmo que todo o meu salário cobrisse essa dívida, o que faríamos com as contas da casa?

- Eu não sei. Você vai ter que dar um jeito.

- Eu? Você fez isso! Não pode simplesmente jogar nas minhas mãos e esperar que eu resolva isso sozinha.

- Eu vou sair - falou, simplesmente se levantando e batendo a porta ao passar por ela.

Eu estava ferrada.

No dia seguinte, fui cedo para o trabalho, era o último dia da semana de teste e com aquela dívida, eu não podia me dar ao luxo de largar um trabalho daquele. Alicia chegou um pouco depois de mim e Theo meia hora atrasado.

- Quando estiver livre, vá até a minha sala, por favor - ele pediu a mim, depois de nos cumprimentar.

Depois de terminar o que estava fazendo, decidi não adiar aquela conversa, peguei minha bolsa e entrei no escritório de Theo. Ele dirigiu o olhar para mim e rapidamente largou tudo o que estava fazendo.

- Sente-se, por favor - pediu e eu o fiz.

- Hoje é o último dia - comentei.

Ele sorriu, mordendo o lábio inferior. O que foi horrível para mim, já que lembranças indesejadas de nós dois em seu carro me invadiram. Meus lábios formigaram com a lembrança dos seus, quentes. Fechei os olhos com força, tentando expulsar aquilo de mim.

- Eu realmente espero que não - ele disse, me fazendo olha-lo novamente. - Tomou sua decisão, não foi?

Assenti, me sentindo muito nervosa. Talvez continuar ali, trabalhando com ele, principalmente depois de tudo, fosse a pior decisão que eu já tinha tomado em minha vida.

- Vou continuar trabalhando com você.

- Também espero que seus motivos sejam única e exclusivamente a minha companhia adorável.

Soltei uma leve risada, me perguntando quando eu tinha começado a me sentir tão a vontade com ele. Até mesmo Dylan reclamava por quase nunca me ver sorrindo, mas Theo arrancava um sorriso meu a cada cinco minutos.

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